Cordeiro fez o laudo com tudo o que precisa ser corrigido na velha ala do Tereza Ramos

Em sua prestação de contas, ao deixar a coordenadoria regional da Secretaria estadual da Infraestrutura, Ronaldo Cordeiro conta que a equipe foi reforçada com a contratação de mais engenheiros e, graças a isso, foi possível “fazer um levantamento e um laudo completo do Hospital Geral e Maternidade Teresa Ramos, especialmente a ala velha, onde identificamos todas as patologias a serem corrigidas e também as correções necessárias para atender notificação da vigilância sanitária,  afim de corrigir as irregularidades burocráticas necessárias, material este que foi encaminhado para a secretaria da saúde pela direção do HGMTR”.

Não podemos esquecer que em julho do ano passado o juiz da Vara da Fazenda deu um prazo de 30 dias (sem possibilidade de prorrogação) para o hospital regularizar sua situação junto a Vigilância Sanitária.

Há sete anos a Vigilância Sanitária solicitou a regularização de alvarás em todos os setores da unidade, com exceção apenas da oncologia, nutrição e dietética. Na ação civil pública, protocolada pelo Ministério Público em 2017, diz que o relatório de inspeção sanitária (de 2011), apontava irregularidades em 16 setores, como UTI, centros cirúrgico e obstétrico, unidade de tratamento de queimados, alojamento conjunto e berçários.

 Tanto que se fala nos bastidores da possibilidade da unidade perder a referência de maternidade.

O hospital vem sendo notificado pelo Ministério Público e, em outubro de 2017, o juiz da comarca já havia determinado ao estado que providenciasse as medidas necessárias para a regularização dentro de um prazo de 180 dias. Portanto, podemos verificar que nenhum dos prazos foram cumpridos e muito menos sanados os problemas que impedem a concessão dos alvarás.

Se o Ronaldo Cordeiro, de fato fez este trabalho e a secretaria da Saúde tomou as providências necessárias já teria valido a pena sua passagem pelo governo.