Lembro que foi uma verdadeira festa quando da conclusão da licitação das passarelas da BR 282. Veio gente de Brasília e tivemos aqui a maior representação política que um evento desta natureza pode ter.

Os discursos se estenderam por horas, cada um chamando para si uma parcela da responsabilidade pela obra. Obra esta que já vinha tarde mas, enfim, estava sendo garantida a partir daquele momento histórico. A vencedora foi a empresa Zanco, de Xaxim. O valor do contrato para a construção das passarelas foi de R$ 5,7 milhões e a conclusão prevista para outubro de 2018.

Primeiro veio a surpresa por sabermos que não seria executada nos moldes do projeto elaborado pela prefeitura de Lages. No modelo apresentado na primeira delas, ficamos surpresos que uma passarela daquele estrutura tivesse um custo de quase R$ 1 milhão.

A saiu a primeira depois de meses de espera além do prazo previsto. Veio então a segunda e parece que a Zanco desapareceu. Segundo informação dos que acompanham o processo, como a deputada Carmen Zanotto, a dificuldade estaria na aprovação do projeto que vai e vem de Brasília e não consegue passar pelo crivo do governo.
Agora vem à tona que a empresa Zanco é na verdade uma MEI- Microempresa Individual.
Quer dizer com uma estrutura mínima que não condiz com uma obra da envergadura das passarelas. Tanto que o motivo do vai e volta dos projetos se deve ao não cumprimento das normas previstas para obras deste tipo. Já se previa também que a passarela da altura da rua Campos Sales exigiria desapropriações. Para que isso não acontecesse, foi necessário também mexer no projeto. Nestas alturas nem sabemos mais que tipo de passarela será ali construída. Se a cada uma delas levar o tempo que foi gasto na instalação das duas primeiras, lá por 2030 é capaz de vermos as cinco prontas. Isso é, se a empresa Zanco ainda estiver em atividade. Não sei ainda como o contrato está valendo já que o prazo de entrega da obra era outubro de 2018. Em outros casos, a não entrega em tempo previsto já gerou muita dor-de-cabeça e ameaça de devolução do dinheiro, com o foi o caso da UPA 24h.