A prefeitura contratou uma empresa de Florianópolis (Glóbulo) para fazer o estudo em busca de uma marca da cidade.
O prefeito em exercício, Juliano Polese está à frente deste projeto e cita entre outras coisas os cinco eixos que norteiam o estudo: turismo, comércio, tecnologia e inovação, metalomecânica, madeira e agronegócio e acrescenta a eles mais um: saúde.

No meu entendimento se são muitas as áreas que poderiam dar uma marca a Lages é porque não tem nenhuma.
Esta proposta parte da ideia que Lages ainda não tem sua identidade econômica, como São Joaquim, por exemplo, que recebeu agora o título de Capital Nacional da Maçã.
Pelo contrário! Tem sua identidade e ela precisam apenas se melhor trabalhados. Lages sempre foi conhecida pela qualidade de sua genética na área da pecuária. A produção de animais de alta qualidade genética é sua marca.

Não podemos esquecer que foi pioneira na venda de sêmen, ainda na década de 1980, da cabana Cinco em Flor, do famoso pecuarista Al Neto. Vendia até para a Europa os sêmens do seu rebanho charolês, raça aperfeiçoada aqui.
Ao que parece, na cabeça de nossas autoridades, ter na pecuária o seu grande potencial econômico é ficar preso ao passado.
O que precisamos é canalizar os esforços para este modelo. Temos de trabalhar o turismo e a tecnologia produzida aqui a serviço da pecuária. Casando as iniciativas já existentes, visto que o turismo rural também precisa ser realimentado e revisitado para se oferecer alternativas diferentes. Foi pioneira no turismo rural, mas parou no tempo porque não conseguiu agregar nada ao projeto inicial.
A marca de Lages continua sendo a pecuária e está ai a Expolages para comprovar isso. Em segundo lugar é a madeira, com as nossas belas araucárias e as grandes áreas de reflorestamento.
O estudo a ser feito tem de ser focado não na identificação da marca, mas nas ações para explorar seu potencial.