Muitos pais estavam aguardando a abertura das matriculas do Colégio Militar de Lages. Agora se soube que realmente não foram abertas as matrículas para novas turmas. A decisão se deu em função a determinação judicial proibindo a adoção da prioridade e das cotas para os filhos de militares e de funcionários da unidade.
No entendimento da corporação que administra estas instituições de ensino “sem a reserva de vagas os colégios militares perdem sua finalidade”. Até agora a prioridade era para os filhos de militares. Apenas se sobrassem vagas é que eram disponibilizadas à comunidade. Após esta decisão da justiça para o fim das coras, a Assembleia aprovou lei estabelecendo que apenas a metade das vagas deverão ficar para os filhos de militares e a outra metade para a comunidade em geral.
Em Lages a cota é de 60%. Como esta lei foi aprovada agora em dezembro, não houve tempo para abrir novas turmas. Eu nunca entendi porque a Polícia Militar teria de entrar na área da educação. Os recursos públicos financiam a educação diferenciada, de melhor qualidade privilegiando uma classe restrita de cidadãos. Não é democrático.
Penso que este modelo de educação onde prioriza a disciplina, deveria ser adotado por todo o sistema educacional. O modelo convencional adotado pela rede pública não está atendendo as necessidades e cuidando da formação das pessoas ou preparando-as para a convivência em sociedade. Hoje os alunos pintam e bordam, não respeitam os professores e a instituição e os professores nada podem fazer. Quaisquer atitudes tomadas para conter os abusos são denunciadas e os profissionais punidos. Isso resulta também na baixa qualidade do ensino.
A ponto de, em algumas séries estar até mesmo vedada a reprovação, não interessando o avanço do aluno. O modelo convencional de educação precisa de urgente revisão.