Vereador fala a respeito da protelação da instalação da CPI do LagesPrevi

Ano passado, nesse mesmo período do ano, estava andando a mil a CPI da Infelicidade. Iniciei a coleta de assinaturas e não enfrentamos nenhuma resistência da base governista, afinal, o que se esperava era que buscássemos apenas rolos da gestão passada.

Com o desenrolar da CPI, feita às claras, pela primeira vez em Sucupira da Serra, com transmissões de depoimentos ao vivo pelo Facebook, a comunidade viu que as histórias eram estranhas. Um negócio suspeito em Paulo Frontin-PR, sumiço de muitos materiais, e no final um relatório condizente com os fatos. Ainda assim o governo chiou.

Quando tentamos abrir a CPI do JASC foi diferente. O governo interferiu diretamente: teve até vereador retirando assinatura. Houve medo de tudo ser aberto ao público. É compreensível, pois ia ficar insustentável manter dois secretários que orquestraram um chamamento público duvidoso.

Diferente disso é (ou era) a CPI do LagesPrevi. Afinal, o prefeito municipal foi quem trouxe o assunto à tona. Em várias entrevistas relatou o grave problema e que, segundo ele, daqui a pouco não haverá mais recursos para manter os aposentados. Precisa de uma solução.

Então eu, vereador que fiscalizo para ajudar o prefeito na sua administração, resolvi me reunir com outros colegas e protocolar o pedido de abertura de CPI no LagesPrevi, para averiguarmos a fundo o que realmente ocorre na previdência do município.

Logo, essa CPI não sofreria, por lógica, resistência governista, pois a Administração procura uma solução. Nem mesmo os servidores e os conselheiros do LagesPrevi vão se opor, porque é interesse de todos que se mostrem as contas. Eu, que não penso em destruir uma gestão, mas penso em ajudá-la, imaginei que nesse momento estaríamos falando a mesma língua.

Mas em Sucupira da Serra as coisas não são simples assim. A CPI, após protocolada, vai ao plenário da Câmara de Vereadores para os partidos indicarem seus membros. Maior bancada da Casa, o meu partido, PSD, indica um representante, através do seu líder, o vereador Jean Pierre.

Na hora de indicar, teve vereadora que subiu nas tamancas e exigiu que não fosse o vereador Jair Junior o indicado. Então o vereador Jean Pierre pediu prazo para decidir, gastou o prazo e enrolou até o recesso, para não indicar. Isso mesmo.

Mas vejamos: não era o governo quem queria uma solução para o LagesPrevi? Por que então os vereadores, em especial alguns, resolveram tentar boicotar a CPI que buscaria essa solução? É medo de abrir a caixa preta?

O governo conseguiu enrolar e agora a CPI só iniciará seu trabalho em fevereiro. Até lá, muita choradeira de dinheiro indo para o ralo e muita incoerência entre o discurso e a ação. Só sei que com tudo isso descobrimos que lá também pode ter chucho. 

Vereador Jair Júnior

Acesse:

http://onnews.com.br/Institucionals/ColunistaNoticia/19/cpi-do-lagesprevi

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