Foi o PSD que deu a vitória ao vereador Vone na eleição da Câmara

Pela terceira vez o vereador Gerson dos Santos vê escapar de suas mãos a presidência da Câmara. Da primeira vez foi na legislatura passada, quando ele acusou o partido, então MDB, de não o apoiar. Isso o motivou a mudar de sigla e foi pelo PSD que concorreu à reeleição. Eleito, tinha a promessa de apoio para conseguir o seu intento.

Seu nome não foi de consenso para o primeiro ano, mas se costurou um acordo que o colocava na presidência no terceiro ano legislativo.

Estava confiante que desta vez nada lhe tiraria da cadeira de presidente, tanto que procurado pelo três membros da bancada do MDB – Thiago Oliveira, David Moro e Vone Scheuermann- , há duas semana, em busca de espaço na composição da mesa, rechaçou-os, dizendo que não precisava dos votos do MDB e de seus ex-companheiros de partido. Já tinha os votos suficientes para se eleger.

Queimados com a forma com que foram descartados por Gerson, decidiram fazer uma composição. Sem alarde, foram em busca dos votos necessários em favor de uma segunda chapa. Inicialmente trabalharam com o nome de Amarildo Farias (PT) para a presidência (deve suceder Vone), mas no andar das negociações a opção acabou sendo do vereador Vone Scheuermann. Com os três votos do MDB e os quatro membros da bancada de oposição: Ivanildo Pereira (PR), Bruno Hartmann (PSDB), Osni Freitas (PDT) e Amarildo, estavam garantidos sete votos.

Ainda precisariam pelo menos mais dois, visto que não podiam contar com Maurício Batalha (PPS) que sempre votou com a base do governo Ceron. De fato, Maurício votou em Gerson, até mesmo para manter os vários cargos que tem na Câmara.

Os dois votos que garantiram a vitória vieram justamente do partido de Gerson: Pedro Figueredo e Jair Júnior, que apesar de ter sido o autor do pedido de cassação de Vone, também tem suas diferenças com o líder do governo. Há algum tempo Pedro vem se queixando do tratamento recebido e agora então deu o troco. Na tarde de ontem os futuros membros da mesa do legislativo se reuniram para discutir o projeto para o ano que vem.

É certo que haverá mudança em pelo menos dez dos cargos comissionados. Há previsão de que caem os diretores e até o assessor jurídico, Sandro Anacleto (presidente do PP). Apesar de que Vone Scheuermann promete não fazer oposição raivosa e nem tomar decisões isoladas.

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