O coordenador da transição do futuro governo de SC, Luiz Felipe Ferreira, disse esta semana que a desativação das ADRs vai ser o primeiro ato do governador Moisés, pois serão desativadas por decreto. A extinção propriamente dita acontecerá na reforma administrativa cujo projeto será enviado para a Assembleia que só inicia os trabalhos em fevereiro. A menos que haja uma convocação extraordinária em janeiro. Admitiu que está havendo muita pressão para a manutenção das 20 ADRs, mas já é decisão tomada.
"Vamos redesenhar a descentralização", disse ele, para assegurar que as regiões não ficarão desassistidas. O governador eleito, Comandante Moisés já sinalizou durante a campanha a respeito do papel das Associações de Municípios como representantes regionais. Mas, é um novo modelo que ainda não conseguimos visualizar.
Em Lages, a ADR tem 87 funcionários e, destes, somente oito são comissionados. Na realidade a maioria dos comissionados que atuavam na ADR de Lages estavam lotados na Casa Civil. Ali estava inclusive a esposa do depois secretário regional, que acabou indo para a Câmara de Vereadores na presidência de Aidamar Hoffer, e vários outros.
Portanto, dos 1.341 funcionários das 20 ADRs, apenas 146 são comissionados e sujeitos a demissões .
A economia não será de R$ 440 milhões, valor previsto no orçamento de 2019.
Estes efetivos que atuam hoje nas ADRs continuarão no governo, embora não nas Agências de desenvolvimento, mas nos órgãos em que estariam lotados anteriormente. Exemplo disso seria o ex-gerente regional de Educação, Humberto Oliveira, que continua como funcionário da Secretaria da Educação. Significativo será o enxugamento dos comissionados como um todo e que hoje somam cerca de 1.700.
Um dos argumentos dos que defendem a manutenção da estrutura, pelo menos por enquanto é de que as ADRs estariam tocando muitas obras pelo estado. Mas, pela qualidade da maioria das obras que o estado tem entregado, não acredito que este acompanhamento mais a distância tenha maiores consequências.