O exemplo vem do tribunal de Justiça. Quem vai cobrar a moralidade?

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Uma licitação para a compra de café, que terá propostas conhecidas nesta quinta-feira pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina, chama a atenção por uma exigência no edital do pregão: o produto precisa ser da categoria gourmet, como são definidos os cafés produzidos exclusivamente com o grão do tipo arábica, considerados os mais requintados e de maior valor no mercado.

É esse o cafezinho servido para juízes, desembargadores e demais servidores do Poder Judiciário do Estado desde 2010. Marcas comuns do dia a dia, normalmente presentes nas repartições públicas, não ganham o mesmo selo e têm preços menores porque misturam outros grãos à fórmula. A previsão do TJ-SC é de que sejam compradas até 43 toneladas de café gourmet dentro de um ano. É o maior volume já licitado pelo tribunal. O valor máximo a ser empenhado será de R$ 1,33 milhão, que corresponde a R$ 33,11 por quilo.

As propostas abertas nesta quinta, no entanto, podem apresentar valores abaixo dessa estimativa. Atualmente, o TJ-SC paga R$ 29,80 por quilo. Apesar de ser uma exigência do tribunal nos últimos anos, a preferência pela categoria mais exclusiva de cafés não é uma regra. Em 2009, o próprio Judiciário catarinense admitia a compra de embalagens das categorias tradicional ou superior, que estão em patamares mais baixos e são mais baratas.

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