Por que será que querem tirar o mandato do vereador Bugre?

Há um movimento na Câmara visando obter a cassação do mandato do vereador do PDT, Osni Freitas, o Bugre, por falta de decoro parlamentar uma vez que utilizou os serviços de seu assessor para fins particulares.

A informação é de que estariam instalando uma Comissão processante para tal fim a pedido de vereadores da situação e também da oposição. O que teria feito o vereador para justificar uma possível cassação do mandato, situação inédita na Câmara de Lages? Embora na legislatura passada tenham ensaiado levar a vereadora Aidamar Hoffer à Comissão de Ética, daquela feita a proposta não avançou.

 

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O motivo desta medida contra Bugre teria sido uma viagem que o vereador fez ao Rio Grande do Sul, na companhia de seu assessor Layon Schneider para comprar batatas para revender em sua mercearia.

Layon postou um vídeo no Facebook para mostrar que estavam se deslocando para lá. Isso aconteceu durante o recesso parlamentar, no mês de janeiro e, segundo eles, estariam se deslocando após cumprir expediente na Câmara, pela manhã.

Não houve também qualquer registro de que tenham tomado diárias da Câmara para tal fim. Também não há registro de que o assessor estivesse ajudando o vereador carregando os sacos de batatas ou fazendo qualquer serviço que não fosse esse de filmar o seu assessorado para mostrar o seu dia-a-dia.

Desconheço qualquer regra que coloque isso como fato irregular e que motive uma cassação de mandato. E se assim for, qual teria sido a motivação para trazer este fato à tona, depois de vários meses: aconteceu em janeiro e estamos agora em maio, quatro meses depois.

 

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O que o vereador Osni fez que motivou uma reação assim tão forte de seus pares, quando sabemos que de outra feita, episódios bem mais comprometedores não foram levados à comissão?

Só posso deduzir que seja uma tentativa de intimidação já que o vereador questionou junto ao Ministério Público se o cargo de prefeito é ou não de dedicação exclusiva. Não há outra justificativa! Pela conversa que corre nos bastidores, a medida teria “uma finalidade educativa, não apenas para o vereador Osni como também ao vereador Jair Júnior, uma vez que ambos estão tentando levar muito a sério a função fiscalizador”.

Se isso for mesmo verdade estaríamos diante de uma situação semelhante a que vivíamos na época da ditadura. E não creio, de forma alguma, que tenha ai o dedo do prefeito Ceron. Mas fácil acreditar que seja apenas excesso de preciosismo de seus representantes da Câmara.

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