O mistério dos recursos (R$ 1,1 milhão) das CPPs

 

O assunto dos funcionários das CPPS demitidos continua rendendo, agora por conta de um saldo que foi levantado nas contas do 113 CPPs que atuam em Lages. Ninguém sabia da existência destes recursos nas contas, nem mesmo os presidentes dos conselhos porque, segundo a advogada dos 85 funcionários demitidos, Frida Becker, estes garantem que “quem geria era a própria prefeitura”.

 

O valor só foi levantado quando a justiça fez o bloquei das contas. Embora seja um valor alto, não cobre o total exigido somente com a rescisão contratual destes funcionários, R$ 1,5 milhão, pois alguns tem até 30 anos de serviço. Sem falar em outros direitos, como férias vencidas etc… 

 

Prefeitura não reconhece o ônus,

apenas os bônus

 

 

O estranho é que a prefeitura não reconhece sua responsabilidade com a rescisão deste pessoal, e entende que é a CPP que deve arcar com esse ônus, contudo alega que este dinheiro que está nas contas dos conselhos pertence à prefeitura, porque vêm do governo federal e se destina a cobrir pequenas reformas ou despesas de manutenção das escolas.

Está, inclusive, requerendo os valores através da justiça. Estes funcionários despedidos ainda estão com seu contrato da carteira em aberto e como alguns não têm dinheiro nem para comer, pois não receberam em janeiro, a Justiça do Trabalho liberou o valor do FGTS e o sindicato da categoria forneceu algumas cestas básicas.

 

Contratação da Orbenk em

regime de emergência

 

Para preencher as vagas abertas nas escolas, a prefeitura terceirizou o serviço, contratando a Orbenk em regime especial. A empresa até fez algumas contratações entre esse pessoal demitido, mas segundo a advogada, não mais do que 18 deles.

Durante a audiência do dia 9, a juíza do trabalho até ofereceu algumas alternativas para a prefeitura saldar esta dívida para com os 85 demitidos, mas conforme o procurador deixou claro na ocasião, a prefeitura não reconhece sua responsabilidade, além de não dispor de dinheiro para tanto.

Concluindo: esta discussão ainda está longe de acabar.

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