Na medida em que nos aproximamos do dia 20, data em que deflagra as convenções partidárias no calendário eleitoral, os pré-candidatos ficam a cada dia mais impacientes com relação ao fechamento das coligações.
Semana passada foi de intensa peregrinação ao diretório do PP, na esperança de cooptar o pré-candidato a prefeito Arnaldo Moraes.
Lá estiveram Roberto Amaral, do PSDB, e Antônio Ceron, do PSD. Ambos insistem na desistência de Arnaldo de cabeça-de-chapa, para que seja o vice.
O partido parece estar dividido
Há os que defendem aliança com o PSD de Antônio Ceron; há os que querem a aliança com o PSDB, como Paulo Furtado e boa parte – como Antônio Arruda – aceita tantos aliados quantos queiram estar com o PP na cabeça de chapa.
Apesar de uma longa conversa, na sexta-feira à noite entre Arnaldo e Ceron, ao que parece Arnaldo permanece irredutível em sua posição de candidato.
Se o partido decidir por apoia outro candidato a prefeito, teria confessado ao grupo mais fechado do partido, se afasta da campanha e não vai trabalhar por ninguém. Nessa altura, o cenário eleitoral está dependendo dessa posição de Arnaldo, mas o PP deixou para bater o martelo no dia 20.
Terá até o dia 5 de agosto para fechar as coligações e homologar os nomes.
Até lá, o impasse continua e, com isso, é total a indefinição do quadro eleitoral. Depende deste movimento para se reposicionarem os demais componentes do jogo.
Amaral, por exemplo, também busca alternativas que não seja apenas o PP. Tentou aproximação com o PMDB e no domingo à noite, reuniu-se com o presidente do PPS, Tony Duarte, no escritório da deputada Carmen Zanotto.
Esse é o período mais crucial das eleições desse ano, pois nessa fase é que se define as alianças e como dizia o ex-governador Luiz Henrique, “é na amarração que se ganha a eleição”. Em última análise, o resultado depende do número de candidatos e das alianças.