Alguns trechos da entrevista com Elizeu Mattos na Rádio Clube

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Lages cresceu muito. Só para se ter uma ideia, nós vamos inaugurar nos próximos meses oito a nove empresas. Enquanto que no resto do país se fecha indústria, nós estamos abrindo. Antes nós não tínhamos um shopping, não tinha um time de futebol, tínhamos um estádio interditado e fechado, não tinha água, não tinha mais programação de natal (hoje o mais bonito do estado), temos voos e é por ele que chegarão os empregos.

 

Ontem fui pegar um empresário da Sanovo que chegou pelo voo da Azul. Ele me dizia que com a facilidade de deslocamento que tem agora para chegar a Lages a empresa já decidiu – antes mesmo de inaugura sua fábrica (final de julho ou início de agosto)- , que irá ampliá-la. Tem 80 mil metros de área e está ocupando hoje 22 mil metros, portanto tem espaço para ampliar.

 

Se tiver alguém com proposta melhor nós vamos apoiar, mas temos de continuar propiciando o crescimento de Lages. Lages não pode parar. Só não vê quem não quer a verdadeira transformação de Lages

 

Nunca se fez tanto pelo emprego em Lages. Nunca o Balcão do Emprego trabalhou tanto. Temos a Ekomposit para inaugurar. Temos a Sanovo para inaugurar. A ampliação da GTS. Temos a J.Souza, A expansão da JBS, Madeireira Olímpyo. O Sest/Senat que começou a ser construído na frente do shopping. Tem a nova Incobel. Só ali são quase R$ 20 milhões de investimentos. O supermercado Zafari está se instalando aqui com investimento de R$ 37 milhões… Nunca se viu tanto investimento.

 

Nós conseguimos arrumar Lages no mapa. Pois, qual é a empresa que vai investir hoje em um local onde não tem voo comercial?

 

Lages vive o melhor momento de sua história. E, tenho o maior orgulho de fazer parte desse momento da história de Lages. Mas ainda há muita coisa a ser feito. Enquanto o Brasil diminui o PIB em 3,6, Lages, segundo a Secretaria da Fazenda estadual, subiu 3,4. Faz 40 anos que isso não acontecia. Foi a única cidade de SC, das maiores, que cresceu. Não é o Elizeu que fala. São dados oficiais.

 

De 2013 para cá nós tivemos sete unidades de saúde ampliadas. Fizemos a central de atendimento (antes as pessoas ficavam na rua). Mas hoje estão faltando recursos. Eu não quero aqui fazer crítica a ninguém, mas esse ano, o governo do estado só fez o repasse de janeiro. E não é culpa do governador. É que não há dinheiro mesmo. E isso dá quase um milhão 400 mil reais que estou bancando com recursos da prefeitura. O país passa por uma crise e SC não fica fora desse mapa. Nós queríamos ter feito muito mais pela saúde: ampliamos o número de médicos. Acabamos com as filas nos postos dos bairros … mas, não atendemos apenas os doentes de Lages, mas de toda a região. Não perguntamos aos que chegam nas nossas unidades de saúde aonde o cidadão mora. Queríamos implantar o prontuário eletrônico, mas não conseguimos ainda. Mas, muito se fez. É uma questão de política nacional. O SUS é bom mas algumas coisas precisam ser revistas.

 

Em 2012 o município gastava 15% na saúde. Hoje gastamos 23%. Aumentamos o repasse em 8% a mais do que se gastava em 2012. Nesta época a prefeitura repassava aos hospitais Nossa Senhora dos Prazeres e o Seara do Bem a metade do que repassamos hoje. Hoje não se vê mais reclamação dos hospitais e ameaça de que a emergência vai fechar. Antes era R$ 1,3 milhão/mês ao HNSP e hoje são R$ 2,1 milhões/mês. Para o hospital infantil era R$ 351 mil/mês, hoje são R$ 793 mil/mês. Mas, só com os recursos próprios não temos condições de manter a saúde no município. Tanto que muitos municípios estão fechando seus hospitais. Nossa saúde tem de melhorar, mas ainda é muito melhor do que de Florianópolis, por exemplo. Do que de Joinville…Os problemas deles são muito maiores que os nossos aqui.

 

Sobre coligações, vamos conversar entre aqueles que querem que Lages não pare. Os que fazem o mesmo discurso nosso. E tem outros que acham que Festa do Pinhão tem de voltar ao que era antes. Achamos o caminho correto para a festa, mas tem candidato que acha que está errado. Se não fosse da forma que é hoje, nem festa teria mais. Têm candidatos que acham que tudo o que foi feito está ruim. Uns acham que a cidade ter um time é ruim. Que o Inter é ruim para a cidade. Que a prefeitura não deve ajudar o Inter. Mas, o único lugar do mundo em que o gremista torce para o Inter é Lages.

 

As pessoas questionam: mas a minha rua não foi pavimentada!. Mas… eu estou aqui há 2 anos e seis meses. Se não foi pavimentada, não foi pavimentada no passado. Nós pavimentamos 90 quilômetros de rua, o que dá daqui a Anita Garibaldi, e continuamos a fazer. O que você não pode é cobrar de toda uma vida de Lages, que em três anos alguém consiga resolver. Hoje existe um programa e já pavimentamos mais de 60 ruas. Algumas com o apoio do governo do estado, outras com apoio do governo federal e outras com recursos do município. Nunca se pavimentou tanto e se recuperou tantas ruas. Só que a cidade é muito grande, espalhada. Para se ter uma ideia, o perímetro urbano de Lages é maior que o município de Balneário Camboriú.

 

Temos recuperado as estradas do interior. Abrimos acessos onde não havia. Recuperamos máquinas, porque antes não existiam. O que tinha era a indústria da oficina e do aluguel, Hoje temos máquinas próprias. Equipamentos bons e de qualidade. Todas as máquinas adquiridas no início da administração estão trabalhando espalhadas por todo o município. Uma frota totalmente nova. Não vemos mais carros da prefeitura sendo guinchados. Mais de 60 veículos novos foram comprados, além de 42 máquinas novas. A vontade que temos é criar mais equipes no interior. Ter uma equipe para o Índios, uma equipe para Santa Terezinha do Salto e outra na Coxilha Rica.

Antes nem se sabia o que era bobcat. Hoje nós temos cinco trabalhando para fazer a limpeza da cidade.

 

Sobre segurança estamos fazendo o que podemos que é ajudar a Polícia Militar com a manutenção dos veículos. O que fizemos foi colocar as lombadas eletrônicas e, nos próximos dias estaremos apresentando a estrutura: todas elas, os furões, estão filmado 24 horas e se um carro for roubado lá em Florianópolis e passar a placa pelo sistema, teremos condições de dizer se passou por aqui e onde. Apoiamos também a Polícia Militar com a manutenção dos veículos. Essa manutenção de todos os veículos da PM é feita com recursos oriundos do trânsito (R$ 30 a R$ 40 mil/mês). O convênio, inclusive, será renovado agora. O governo quer mudar as regras, mas não vamos aceitar.

 

 

Quanto ao secretariado, estavam se perpetuando há um bom tempo os mesmos. Só mudava: o secretário que era da Fazenda ia para a Administração; o da Administração ia para as finanças. Quando assumimos, todo o time era novo e, lógico, tivemos de aprender. Hoje conhecemos a máquina pública. Tem candidato que disse que vai reduzir para oito secretarias. Mas não pode. As políticas públicas não deixam, não há como fazer. Hoje são 19 e não há como reduzir. Como vai deixar de ter a Secretaria da Assistência Social? Como ficar sem a Secretaria da Educação? Como você vai acabar com o Progem. É querer vender ilusão.

Falam que vão reduzir à metade dos comissionados. Se reduzir todos os comissionados, se tirar todos, dá menos de um milhão de reais. E, estão confundindo contratados com comissionados. Temos o mesmo número de comissionados que tinha antes. Quando eu e o Toni assumimos não mudamos o número de comissionados. O que aumentou foram os contratados. Por que aumentou? Porque abrimos mais vagas em creches, tivemos de contratar mais professores; ampliamos as unidades de saúde e tivemos de contratar mais médicos, enfermeiros, dentistas. Aumentamos os CRAS, que eram cinco, hoje são oito e tivemos de contratar psicólogos e assistentes sociais. Foram contratadas mais pessoas para prestarem esses serviços que foram ampliados. Se não pode contratar mais médicos….

 

Nós estamos prospectando mais de 20 empresas para se instalar em Lages. A prioridade agora será criar empregos. Com eles nos geramos mais renda e conseguimos melhorar a vida do lageano.

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