Já está na mídia nacional
O juiz Fernando Cordioli Garcia que está afastado das funções desde 4 de novembro de 2015 (nessa segunda vez) e com o processo parado apesar de todos os prazos já superados, recorreu ao presidente do Superior Tribunal de Justiça solicitando para que retorne ao cargo até que o recurso ordinário interposto e que está sendo protelado, seja julgado.
Essa peça jurídica da qual ela protocolou no STJ – tutela de urgência com pedido liminar -, na quinta-feira, dia 30 de junho de 2016, denuncia o assédio moral a que está sendo alvo e questiona ato do desembargador Corregedor Geral de Justiça, José Antônio Torres Marques que, entre outras coisas, está impedindo que seu recurso ordinário seja remetido ao STJ para julgamento.
“Está a impedir que um recurso ordinário constitucional, em sede de mandado de segurança traga ao conhecimento desta corte violações gravíssimas de direitos humanos,” argumenta ele na petição. Na data em que protocolou o recurso já estava a 236 dias afastando do cargo quando a lei prevê 180 dias. Ele também alega que está sendo alvo de assédio moral, em” uma campanha de terror psicológico com objetivo de fazer da vítima uma pessoa rejeitada”.
O juiz, que é lageano e está afastado pela segunda vez, sendo que a primeira foi ainda quando atuava em Otacílio Costa, e agora em que está lotado na comarca de Ibirama, é acusado de irregularidades praticadas no exercício da função. Foi inclusive taxado de louco pela forma com que encaminhou os julgamentos.
O assunto já está ganhando a imprensa nacional, tanto que um dos jornalistas mais respeitado no país, Ricardo Boechat, comentou o caso de Cordioli, como exemplo de servidor da justiça perseguido, relatando o fato de que o TJ teria solicitado exame de sanidade mensal.
Ele lembra que há casos de juízes envolvidos até em assassinatos que não foram afastados da magistratura, mas Cordioli está em vias de ser afastado porque denunciou que o Ministério Público engavetava processos contra os ricos e poderosos.
“Ele está sendo chamado de Juiz Coragem por denunciar desvios éticos e profissionais dos próprios juízes de SC,” citou Boechat. E o incluiu entre os juízes que hoje estão fazendo a diferença como Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato.