Urupema bateu o recorde do ano, quando a temperatura caiu para 8,5 graus negativos na madrugada de segunda-feira. A menor de Santa Catarina.
Só quem se aproximou desta marca foi Bom Jardim da Serra, com -7,9ºC e Urubici, com -7,3ºC. Definitivamente São Joaquim perdeu o título de “Suíça Brasileira” para Urupema.
Urupema sempre foi mais fria?
Na segunda-feira foi a quarta colocada no ranking das cidades mais frias do estado. Alguém me dizia que sempre se soube que as menores temperaturas se verificavam em Urupema, mas como não dispunha de sistema de medição meteorológica oficial, não eram reconhecidas.
O prefeito Amarildo Gaio então resolveu corrigir isso, instalando o termômetro que lhe garantiu o registro. Tem razão, em parte, porque nestes dias verificamos temperaturas muito baixas em Campo Belo, Cerro Negro e mesmo Anita Garibaldi que até superavam a marca, mas como eram medições de termômetros das praças da cidade não têm validade.
Geografia do frio também muda
De outro lado, ao que parece mesmo, a geografia do frio vai se alterando com o tempo. É o que mostra o histórico das baixas temperaturas em SC.
Até hoje a recordista foi Caçador, no Meio Oeste, em 1952, que chegou a 14 graus negativos. Xanxerê também já chegou a casa dos -11ºC e São Joaquim registrou -10ºC no século passado. Por mais rigoroso que esteja sendo esse inverno antecipado, ainda não se alcançou essas marcas.
São Joaquim continua na rota do turista
Fama feita, São Joaquim continua na rota do turismo de inverno no estado e, sempre que as temperaturas caem ou se fale em neve, é para lá que converge a maior parte dos turistas, só que agora o roteiro se amplia para Urupema, Urubici e mesmo Lages.
Os turistas chegam e com eles as críticas sobre a falta de estrutura para recebe-los. A imprensa estadual já chamava atenção para isso, pois os turistas desembarcam, sentem o frio para o qual poucos estão agasalhados suficientemente para encara-lo e ficam esperando que a cidade ofereça algumas coisas a mais, que não tem.
Lá em Urupema, neste final de semana, os moradores tiveram que abrir suas casas para receber esse turista com um bom café colonial. Mesmo assim, é verdade que precisamos investir em equipamentos turísticos para explorar melhor esse filão econômico, pois eles chegam aos bandos e comboios como nos mostrou o trânsito da Serra do Rio do Rastro no sábado e domingo.