Certificação dos produtos serranos é uma tarefa que os prefeitos abraçaram

 

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O novo presidente do Consórcio da Serra Catarinense – Cisama -, o prefeito de São Joaquim, Humberto Brighentti pretende trabalhar nesse ano com duas questões prementes: o saneamento básico dos municípios e a certificação dos produtos serranos.

Ele lembra que a questão da certificação avançou com a normalização da produção do queijo artesanal serrano.

Tanto que somente em São Joaquim existem duas queijarias produzindo e outras cinco estão em fase de estruturação.

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Ele acredita que junto com o vinho, será possível alavancar também o queijo, o mel e outros produtos serranos. É certo que hoje a produção de leite ainda é inexpressiva, mas à medida que o mercado foi absorvendo o queijo que aqui produzirmos, também incentivará a pecuária leiteira.

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A certificação dos produtos é possível através da criação do Serviço de Inspeção Municipal de produtos Alimentícios que vai fiscalizar e controlar para que tais produtos obedeçam as normas que garantam sua qualidade, permitindo sua comercialização em todo o território nacional.

 

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São Joaquim já produziu o melhor mel do mundo

 

Humberto lembra que São Joaquim já produziu aqui o melhor mel do mundo. Em 1979, ganhou esse título durante o Congresso Internacional de Apicultura em Atenas (Grécia), e na década de 1980 recebeu medalha de bronze no Congresso Internacional de Tóquio (Japão).

 

Porque perdeu esse status?

Mas a partir daí só degringolou, justamente por não ter certificação. Um dos fatos foi a entrada do atravessador na exportação. Comprava dez quilos e transformava em 15 quilos para ganhar mais dinheiro. Com a fama do mel serrano, apicultores de outras regiões, especialmente do litoral, trouxeram para cá suas abelhas e com elas doenças. Uma delas foi um ácaro que se alojando no abdômen da abelha e a matava por asfixia.

“Eu mesmo cheguei a produzir 350 toneladas de mel e perdi mais de 200 caixas de abelha por causa dessa praga, desistindo no negócio”, conta Humberto.

Ele reconhece que é necessária obedecer certa burocracia, mas isso é uma garantia para que se tenha produtos de qualidade e consolide a produção.

 

Assunto está em alta

 

Coincidentemente, nesse domingo o Fantástico exibiu matéria da jornalista lageana Kiria Meurer sobre a comercialização de produtos orgânicos,destacando exatamente a necessidade de certificação. Mostrou que por falta desse controle, há produtores de orgânicos que vão ao Ceasa comprar os legumes e vendê-los como orgânicos. 

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