Situação da prefeitura de Urubici é insustentável. Não há dinheiro para pagar os funcionários

 

A prefeitura de Urubici vive situação falimentar e o prefeito Fidelis Schappo está às voltas com o Ministério Público e a justiça. 

O Ministério Público entrou com Ação Civil Pública e obteve mandato de segurança determinando o pagamento da integralidade dos salários dos funcionários.

 

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“Sob pena de desobediência, a juíza da comarca determinou o pagamento dos salários a cada dia 30, mas não é factível, porque não existe recursos para isso. Portanto estou esperando o andamento do processo”, disse Schappo, que não vê saída para a situação.

A prefeitura tem 740 cargos, mas tem hoje 364 funcionários, menos da metade, e mesmo assim não consegue pagar os salários.

 

Para se ter uma ideia, ainda falta completar o pagamento de dezembro. Se exonerar mais alguém não conseguirá executar os serviços mínimos que são de atribuição da prefeitura.

A administração continua recebendo os repasses constitucionais, mas os recursos voluntários – de emendas e convênios – estão bloqueados.

 

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Urubici não recebeu recursos

do Fundam

 

Mesmo sendo o único prefeito da região eleito pelo PSD do governador Colombo, é um dos poucos não contemplados com a verba do Fundam. Tem emendas dos deputados Carmen Zanotto, João Rodrigues e do senador Dário Berger, mas estão bloqueadas.

A ironia é que se conseguisse esses repasses – tivesse a certidão positiva do Tribunal de Contas -, estaria resolvido o problema que enfrenta hoje.

A única solução que o prefeito Schappo enxerga é de que ocorra o aumento da receita, do contrário, qualquer outra, com ou sem a determinação judicial, é impossível de acontecer.

E sabe que está sujeito a responder criminalmente. Além de não pagar os servidores e nem os fornecedores – hoje com uma dívida superior a R$ 2 milhões -, a prefeitura está com dificuldade até de prestar os serviços mínimos:

“falta merendeira e até motorista para operar as máquinas, e estou impedido de contratar ACTs”, conta ele.

A receita mensal fica em torno de R$ 1,3 milhão a R$ 1,5 milhão e só a folha de pagamentos estava em R$ 1,3 milhão. Conseguiu reduzir para R$ 930 mil e, menos do que isso, é impossível.

 

Como a prefeitura chegou a

essa situação?

 

Segundo Schappo, foi resultado da queda da arrecadação. Prevê que: “todos os municípios vão chegar a essa situação se não mudar a legislação. “Não foi por desmando, ou por alguma aventura, mas uma corrosão financeira que vai acabar acontecendo com todos os municípios”, disse.

Comentando as ações que recaem sobre ele, diz que a lei o penaliza duas vezes, já que o condena pela não cumprimento dos pagamentos, mas também não permite que receba os recursos para resolver as pendências.

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