Museu recebe réplica da bandeira do Contestado

 

O vice-prefeito de Curitibanos, Aldo Dolberth doou ao Museu Histórico Antonio Granemann de Souza do município, réplicas das bandeiras da República, do Império e do Contestado, marcando o encerramento da Semana do Contestado – período de 20 a 27 de outubro.
 
 
A bandeira do Contestado
 
A bandeira do contestado tem forma retangular e é feita de pano branco com uma cruz de seda verde costurada na parte central superior. Era conduzida em forma de estandarte à frente dos combates ou abrindo as procissões diárias realizadas no “Quadro Santo” de cada reduto.
Os distintos grupos possuíram suas próprias bandeiras, de tamanhos variados, de confecção artesanal e tosca, sem proporções definidas, mas obedecendo sempre ao mesmo padrão, ou seja, de pano branco com a cruz verde no centro.
 
Interpretação das cores
 
Com base nos dados e na interpretação sociológica do conflito, a explicação heráldica da bandeira do Contestado é a de que o branco significa o desejo de paz e de pureza d’alma exigida pela rígida moral religiosa e de costumes vigentes nos redutos, onde as 'virgens' representavam papel primordial na organização cabocla. O verde significa a riqueza florestal, dominada pela araucária, que o caboclo do Contestado desejava preservar.
 
A cruz
 
A cruz com o ápice e as pontas dos braços chanfrados em ângulo agudo é uma réplica das cruzes de madeira dos toscos cemitérios caboclos. Simboliza a sua profunda religiosidade cristã, o sofrimento de suas vidas miseráveis e a constante presença da morte em cada combate. Representa, ainda, por sua cor verde sobre fundo branco, a esperança de paz e de uma vida melhor, onde todos viveriam como irmãos.
 
Só dois exemplares
 
Terminada a luta, tem-se a notícia de que restaram dois exemplares originais apreendidos pelas forças militares envolvidas no conflito. Um deles foi para o Museu Histórico da Bahia e o outro para Museu David Carneiro, em Curitiba/PR.
 

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