A velha e sempre renovada discussão sobre as capelas mortuárias

 

Por conta da velha questão da construção de capelas mortuárias, aconteceu uma discussão envolvendo até o bispo d. Irineu Andressa, na Rádio Clube, ontem, pela manhã.

 

Presidente d uma associação de bairro questionava a determinação do bispo de não mais permitir velório nos salões de igreja.

 

Dizia ele que a igreja recebeu terreno de graça, a comunidade ajudou a construir a igreja e os salões e hoje não tem direito a desfrutar desses espaços.

 

D. Irineu entrou no debate dizendo que nos salões paroquiais são desenvolvidas as atividades da igreja: reunião das pastorais e catequese.  “tivemos casos – no bairro Guarujá -onde as crianças não quiseram ir para a catequese porque lá estava acontecendo um velório”,  contou ele.

 

Disse ainda que as crianças tinham de dividir o banheiro com quem estava no velório, e não havia ninguém para limpá-los.

 

“A função da igreja não é fazer velórios, mas celebrar a fé. Cabe a igreja, nesse caso, a encomendação do corpo. Quem tem de fazer sala para velório é a prefeitura,” disse o bispo.

 

O padre Carlos, pároco da catedral, também entrou na conversa dizendo que a discussão desse problema é um sinal da ignorância do povo. Em lugar nenhum ele viu esse tipo de discussão, disse ele.

 

Considera absurdo as associações quererem a construção de uma capela mortuária em cada bairro.

 

“Se a justificativa é por causa do deslocamento, então teria de exigir que fosse feita uma Festa do Pinhão em cada bairro também”, disse Dom Irineu

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