Gaeco e a denúncia de extorsão

 

Extorsão ou contribuição?

 

Mas, afinal, o que realmente se referia a denúncia que motivou a busca do Gaeco junto à Secretaria de Segurança e Ordem Pública nessa semana?

O que houve lá é algo bastante comum entre contratados em serviço público nas cotas dos partidos, embora juridicamente receba o nome de extorsão.

Sabemos que, no serviço público, a maioria dos que assumem cargos de confiança ou contratados na quota dos partidos, tem de designar uma parcela de seus vencimentos para o partido.

A pessoa que fez a denúncia ao Ministério Público se sentiu extorquido porque ele assinava horas extras e o valor pago ia para o partido, cujo presidente atua também nessa mesma secretaria.

Não se trata de desvio feito pela secretaria e, creio que o Gaeco, ao averiguar o caso, deveria ter ido à Secretaria da Administração ou, na de Finanças, para levantar as informações.

Embora se caracterize como extorsão, não saberia dizer até que ponto a prefeitura teria de responder por isso, a não ser pelo fato de que o “recolhedor da comissão partidária” também exerce cargo de chefia. O primeiro estaria, portanto, subordinado a ele.

Mas esse caso, certamente abrirá um precedente importante, para quem sabe, pôr fim a essa prática. Quanto à administração municipal, coube enviar o caso para análise e levantamento da Controladoria, a quem cabe apurar e encaminhar uma solução ao caso ou abrir processo administrativo. Se constatado o crime haverá então punição aos envolvidos.

 

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