Direção diz que não haverá
mudança na decisão
Atendendo convite da direção do Centro Educacional -Escola Básica Vidal Ramos Junior -, estive acompanhando ontem a saída dos alunos já que a decisão de não permitir a entrada pelo portão de trás do educandário, que dá para a rua Lauro Muller, criou muita polêmica.
A diretora Nereida Cássia de Andrade e os professores foram taxativos ao dizer que houve a decisão do conselho deliberativo e não há a mínima possibilidade de reabrirem o portão dos fundos porque não há como fazer o controle e monitoramento da entrada e saída dos estudantes. “Fizemos isso em nome da segurança dos alunos”, lembram.
“O portão dos fundos é uma entrada de serviço”, lembra Nereida, embora observe que até o ano passado por ali entravam os estudantes e as topiques. Os professores contam inúmeras histórias de gangues que tinham acesso à escola, alunos se escondiam para cabular a aula, agressão e fuga de alunos e até veículos sem identificação (placas) eram vistos estacionados lá.
Realmente é uma área muito vasta, com árvores e locais que permite que pessoas se escondam e não há nenhum vigilante na escola para cuidar disso. (Os quatro que haviam foram demitidos por decisão da Secretaria da Educação no ano passado) E, os professores não podem deixar as salas de aula para ficarem lá cuidando.
Quem está dentro da escola não tem nenhuma visualização dessa área
E ainda com locais, como esse abaixo, em que malandros podem ficar escondidos
Sendo que a área nem tem estacionamento
Ao fundo podemos ver o portão que foi fechado
Essa é a entrada pelo portão. Realmente sem condições.
São as topiqueiros, que transportam os alunos, que fazem a maior queixa com relação a mudança. Mas, dizem os professores que muitos deles deixavam os alunos no outro lado da rua e esses tinham de atravessar a Lauro Muller para entrarem no colégio, sendo que os veículos circulam em alta velocidade nessa rua e não haviam agentes de trânsito cuidando.
Saída das aulas mostra que há muito movimentação de carros e crianças, mas em 10 a 15 minutos o páteo se esvazia.
Das janelas laterais professores e mesmo a diretora têm campo de visão que alcança toda a área de acesso e portões.
O colégio está localizado em área central, e segundo a direção, a questão do trânsito na Frei Rogério não é problema da escola, mas do setor de trânsito. Já solicitaram que seja feita uma sinalização horizontal no trecho de acesso aos portões para fazer o embarque e desembarque nbo outro lado da rua. Hoje os agentes de trânsito fazem o controle.
O colégio tem hoje quase dois mil alunos. Houve um crescimento significativo do ano passado para cá. Parece que havia muito conflito entre os professores e a direção anterior, por isso ocorreu a troca de diretor.