Participação de atletas de outros estados em competições da Fesporte

Debater a participação de atletas registrados em outros estados nas competições coordenadas pela Fundação Catarinense de Esporte (Fesporte) e fortalecer as modalidades locais. Esse foi o tema de audiência pública promovida pela Assembleia Legislativa na manhã desta quarta-feira (21).

Atualmente, algumas competições como a Olimpíada Estudantil Catarinense (Olesc) e os Joguinhos Abertos e Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc) permitem participação limitada de atletas de outros estados e estrangeiros, mesmo que não estejam atuando em Santa Catarina. No entendimento do propositor da audiência, deputado Mauro De Nadal (MDB), o atual cenário pode comprometer o desenvolvimento dos atletas locais.

“Representantes que nos procuraram argumentam que a presença de atletas de outros locais não só compromete a valorização do atleta catarinense, mas acaba desestimulando a formação de base”, destacou. “Precisamos debater essa situação com todos os setores envolvidos, ouvindo atletas e representantes das entidades desportivas. Santa Catarina é uma potência só que, neste cenário, muitos treinam diariamente para representar o estado e ficam pelo caminho”.

2 comentários em “Participação de atletas de outros estados em competições da Fesporte”

  1. Meu primeiro Jogos Abertos foi em 1993 e de lá pra cá ouço sempre esse tema voltar a pauta, mas nunca, por conta de municípios mais $$ e com isso influentes, o assunto sair de fato da planilha, mais das vezes serve para punir uma cidade mais fraca que trouxe um atleta (às vezes nem pago é, só para completar o plantel mesmo) que para impedir a invasão de estrangeiros. No JASC de Concórdia, por exemplo, foram mais de 10 GMs (Grandes Mestres) e MIs, a maioria não residente em SC. Mas como vai impedir isso? Comprovação de domicílio? Fácil de contornar, facílimo! Registro Esprotivo em SC? Todos tem. Não vejo outra forma que não por decisões internas e prioridade de cada FME, que, com seus gastos (os esportivos, claro) no limite, decidam investir na base e com isso valorizar mais seus atletas. Veja que se realmente acontecesse um regramento que de fato inibisse a importação, os tais “passes” de catarinenses ficariam muito mais valorizados, mas deixariamos de ter aqui os melhores esportistas do Brasil em várias modalidades. É um preço a se pagar se levarmos em consideração a valorização dos catarinenses.
    Por fim, se realmente fosse proibido a “importação”, talvez e somente TALVEZ, as cidades trouxessem profissionais para residir de fato em suas cidades e com isso melhorar ainda mais o nível do desporto no Estado.
    Espero que tenha mesmo uma solução. Para quem milita nesse ambiente de jogos da Fesporte (OLESC, Joguinhos e JASC) há mais de 30 anos, sou um tanto cético se a solução se dará por um decreto/lei/resolução/whatever

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  2. Formar atletas decorre de um processo de incentivo e a formação de uma carreira com bolsas e apoio para comparecer nas competições. Não é um processo rápido, mas lento de formação continuada e com uma conscientização e compromisso dos municípios. A importação para somente para participar é mais barato para os municípios e uma boa parte fazem isso.

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