Operações em curso

 

 

Sinal dos tempos

 

Esse final de ano ficará marcado pelas ações de combate à corrupção e sonegação com o resultado de duas operações que abalaram algumas estruturas com o envolvimento de políticos em uma e, profissionais da área da saúde, em outra.

A primeira foi a Operação Fundo do Poço, envolvendo ex e atuais prefeitos, e a Operação Caduceo, desencadeada ontem, pela Polícia Federal e Receita Federal, envolvendo os profissionais da saúde.

 

Notas frias para fraudar o leão

 

Médicos que forneciam notas falsas para fraudar o Imposto de Renda atingindo um volume de R$ 5 milhões em sonegação. Essas operações sinalizam para o fato de que a polícia e a justiça estão estendendo seu braço para setores que ainda nem ousávamos citar nas páginas policiais.

Aqueles que até bem pouco tempo estavam protegidos pelos cargos, apadrinhamentos ou gordas contas bancárias estão hoje também suscetíveis à justiça dos homens. Os tempos realmente mudaram.

 

Prefeitos e ex-prefeitos envolvidos

 

Tanto que, dentre os 46 denunciados pelo Ministério Público, na Operação Fundo do Poço constam três atuais (Ines Schons – Celso Ramos, Lucimar Salmória – Abdon Batistae Walter Kucher – Erval Velho) – esete ex-prefeitos (incluindo Everaldo José Ransoni, de São José do Cerrito) e até um deputado estadual, Romildo Titon. Durante a operação foram detidos 20 envolvidos, dos quais seis continuam presos preventivamente. É o caso da prefeita de Celso Ramos.

 

 

Só fornecemos “hospedagem”

 

Felizmente a Operação Fundo do Poço passou ao largo de Lages e o município só entra no cenário para dar endereço de “hospedagem” a alguns dos envolvidos, que estão no presidio local.  Sobre eles pesa a acusação por crimes de organização criminosa, fraudes e dispensa indevida em licitações, corrupção ativa e passiva, peculato e advocacia administrativa. Penalidades que até bem pouco tempo não víamos serem imputadas a alguém.

É ainda novidade para nós essas ações do Gaeco que têm por objetivo punir gestores públicos que se servem dos recursos do povo para seu benefício próprio, ou da Receita Federal, acenando com multas muito pesadas (de 150% a 225%,)aos sonegadores. Trata-se de um importante passo rumo à moralidade. 

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