Reviravolta na operação Mensageiro

Uma decisão da desembargadora do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC) Janice Ubialli, nesta quinta-feira (25), mudou o entendimento do próprio órgão em relação aos recursos da operação Mensageiro. Com isto, todos os processos que desceram do segundo grau para o primeiro porque os prefeitos investigados renunciaram ou perderam os cargos voltam a ter os recursos julgados pela desembargadora Cinthia Bittencourt Schaefer, relatora inicial do escândalo do lixo no Tribunal. Em maio deste ano, o Órgão Especial do TJ-SC havia decidido por unanimidade que Cinthia estava impedida de julgar os recursos por ter sido a responsável por deferir as investigações iniciais contra os prefeitos. 

Entretanto, o Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) recorreu pedindo efeito suspensivo à decisão do Órgão Especial, que havia sido emitida a partir do voto do presidente do Tribunal, o desembargador Francisco Oliveira Neto. O caso foi analisado pela desembargadora Janice, que concedeu a suspensão, o que faz todos os recursos voltarem para Cinthia Bittencourt Schaefer. Ao mesmo tempo, ela remeteu o recurso do MP para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), que vai decidir sobre o impasse de quem deve julgar os recursos dos prefeitos que renunciaram ou perderam os casos.

Janice, ao decidir mudar o entendimento do Órgão Especial do TJ, citou justamente posição emitida pelo STJ. Segundo ela: “Logo, preenchidos tais requisitos e observando-se que a tese recursal encontra amparo em julgados proferidos pelo Superior Tribunal de Justiça, deve o reclamo ser admitido, a fim de viabilizar à Corte de destino, responsável pela uniformização da legislação federal em todo o país, o debate a respeito da controvérsia em exame”.

A decisão desta quinta-feira já deve ter impacto nas próximas horas. Isto porque, entendimentos que haviam sido emitidos por Cinthia antes da suspensão da análise delas nos casos vão voltar à tona com o efeito suspensivo.

8 comentários em “Reviravolta na operação Mensageiro”

    • Quando tem peixe grande é assim que agem, só ver o ex-presidiario que virou presidente, demoraram tanto a julgar, foram tantos e tantos recursos que as penas expiraram.

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  1. Tenham em mente que os ritos da justiça são esses. Podem espernearem, se revoltarem, reclamarem para o Papa, que os entendimentos são positivos e com verdades relativas, não verdades verdadeiras. Um bom final de semana para vocês. Daqui a pouco vou no Mercado Público da capital, comer um belo salmão da Provence e sorver um licoroso vinho tinto do Porto, porque ninguém é de ferro. Só vocês.Como destaque: A Janja está em Paris com Macron.

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  2. Duas decisões contraditórias:

    Qual delas beneficia mais os corruptos, a vigente ou a anterior? Isso a NSC, na boca Anderson, jamais dirá.

    Qual das duas é ou era embarrigatória e garante a prescricão intercorrente, pela pena ínfima concreta (que o Ceron vai receber, supostamente receber, no regime aberto substituída por cesta básica), ou seja a impunidade?

    E o povo ainda acredita em MPSC, Promotor Gaeco, TJSC, desembargador e juízes

    A essa altura ja deve estar punida e perseguida somente promotora mãe e pai dessa operação, e que o proprio Anderson deu a senha, meses atrás…

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