Dossiê expõe desvios da Celesc

 

Com exceção da RIC Record e o Jornal Notícias do Dia, de Florianópolis, a imprensa estadual está ignorando a divulgação do Dossiê Celesc resultante de uma auditoria interna na empresa para averiguar denúncias do Sindicato dos Eletricitários que aponta um desvio de R$ 5,9 milhões (pode ser muito maior) de recursos da empresa com a emissão de notas frias.

Sem contar que também foi apurado o caso Monreal, em que supostamente foram desviados R$ 51,7 milhões em empréstimos que até hoje não se sabe onde foram parar.

 

Você não acha estranho que a RBS e o DC não tenham publicado uma linha a respeito?

Essa semana, na Assembleia Legislativa, os deputados do PT e do PSDB discutiram a instauração de uma CPI para apurar as irregularidades. O relatório da auditoria interna da Celesc  aponta a suspeita de falsificação de notas e a prestação de serviços contratados por empresa de funcionários da própria estatal.

Entre os investigados estão o ex-assistente da diretoria técnica, Antônio dos Santos, que atuou em Lages, onde inclusive concorreu a prefeito. Nele está descrito os meandros de um desvio sistemático de dinheiro público da Celesc ocorrido, se não com a anuência, pelo menos com a omissão do alto escalão da empresa em 2010.

A auditoria realizada na mudança de gestão, em 2011, concluiu que a administração Central da Celesc, em Florianópolis, autorizava pagamentos não reconhecidos pelas gerencias regionais em todo o Estado.

Os envolvidos aproveitavam a brecha na lei de licitações, que dispensa a concorrência em obras e serviços necessários quando é decretado situação de emergência ou calamidade pública.

Quando da mudança de gestão o engenheiro Antônio deixou a empresa e foi para Laguna. Nessa reunião, na assembleia, serão ouvidos os representantes do sindicato dos trabalhadores da estatal, responsáveis por denunciar o caso ao Ministério Público há cerca de dois anos.

Após a divulgação do dossiê, o engenheiro Antônio, que atuava como secretário da Fazenda de Laguna foi exonerado.

 

As mesmas empresas envolvidas da emissão de notas falsas por serviços não realizados pela Celesc foram contratadas pela SDR e prefeitura de Laguna.

Dos R$ 115 mil pagos pela SDR para uma das empresas, R$ 76 mil foram para limpeza de caixas d’água de 33 escolas estaduais, não realizada. Um escândalo, cuja divulgação está hoje sendo contido.

 

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