Assembleia vai homenagear os imigrantes italianos

 A Assembleia Legislativa está se preparando para celebrar um marco significativo na história do país: os 150 anos da Imigração Italiana no Brasil. Na segunda-feira, 26 de fevereiro, às 19h, uma Sessão Especial será realizada em homenagem a essa importante data. O evento foi idealizado pelo deputado Vicente Caropreso (PSDB), coordenador da Frente Parlamentar Santa Catarina – Itália.

Em parceria com o Consulado Geral da Itália para os estados do Paraná e Santa Catarina, a solenidade contará com a presença de representantes do Instituto Nacional pela Guarda de Honra do Pantheon, da Embaixada da Itália, autoridades do governo estadual, prefeitos, deputados federais e estaduais, além de membros de círculos italianos e outras entidades.

“Vamos celebrar a presença italiana no Brasil e em Santa Catarina, destacando a riqueza cultural e sua significativa contribuição para a história e identidade do povo catarinense. A homenagem visa reconhecer os pioneiros, enquanto direcionamos nosso olhar para um futuro de oportunidades por meio da integração entre Brasil e Itália”, explica Vicente.

1 comentário em “Assembleia vai homenagear os imigrantes italianos”

  1. Colônia Nova Itália o berço da imigração italiana no Brasil, desde o ano da graça do Senhor de 1836, portanto, há mais de 187 anos. E a 2ª. colônia de italianos no Brasil foi a Colônia Alexandra, em Morretes/PR, fundada em 1872.

    Prezada jornalista Olivete Salmoria – Paz e Bem!

    Com a renovada satisfação de cumprimenta-la, expedimos a carta objetivando evitar que, de boa-fé, cidadãos brasileiros e da República Italiana se candidatem a serem protagonistas da PIADA DO SÉCULO: FESTEJAR OS 150 ANOS DO INÍCIO DE UMA IMIGRAÇÃO QUE JÁ COMPLETOU, COMPROVADAMENTE, 187 ANOS, comemorados com a celebração de santa Missa, baile típico e festa popular. (https://araguaiabrusque.com.br/noticia/alegria-fe-e-emocao-marcam-os-festejos-dos-187-anos-da-imigracao-italiana-no-brasil/103434?fbclid=IwAR1yYnolddTTafGcbNY9cl-7HOcWNDFevJCH3cZgXqwPzZ2vq2vxwDqIDd4)

    A Colônia Nova Itália NÃO busca o seu reconhecimento como a pioneira colônia de imigrantes italianos no Brasil pelo fato de o sermos, desde o ano da graça do Senhor de 1836, e sim a CORREÇÃO DE GRAVÍSSIMO ERRO HISTÓRICO. “Enquanto é, não pode não-ser”, segundo o enunciado de Aristóteles. E esse é um fato histórico incontroverso. Cito apenas um dos historiadores brasileiros sem vínculo com Santa Catarina:

    “O estado de Santa Catarina foi pioneiro em fato de colonização italiana. Já em 1836 o suíço Enrico Shutel, agente consular do rei da Sardenha, fazia chegar ao Brasil 180 imigrantes sardos que no dizer de Lucas Boiteux eram indivíduos de constituição robusta, alegres, corajosos, exaltados em suas paixões. Shutel e o inglês Carlos Demaria tinham conseguido do governo provincial uma concessão de mil braças, ainda não demarcada e em caráter provisório, à margem do rio Tijucas Grande nas imediações de São João Batista, então pertencente ao município de São Miguel, onde fundaram a colônia Nova Itália” (CENNI, Franco. Italianos no Brasil: “Andiamo in ‘Merica…” 3ª edição. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2003, p.183-4).

    O pioneiro núcleo colonial de imigrantes italianos em terras brasileiras, remonta aos tempos da Regência Una do paulista padre Diogo Antônio Feijó, do Partido Moderado: no ano da graça do Senhor de 1836 foi fundada a Colônia Nova Itália no alto vale do Rio “Tijucas-Grande”, território da Freguesia e Município de São Miguel da Terra Firme, por italianos, majoritariamente provenientes da região da Ligúria, no noroeste do território da hoje República Italiana, atualmente com 1,7 milhão de habitantes e 5.410 km², cuja capital é Gênova. Tem limites ao sul com o mar Lígure, a oeste com a França, a norte com o Piemonte e com a Emília-Romanha, e a leste com a Toscana.

    Os 186 pioneiros imigrantes italianos que viriam colonizar e desenvolver a ex-Terra de Santa Cruz, aportaram em março de 1836, no Porto de Nossa Senhora do Desterro, na baía norte da Ilha de Santa Catarina, transportados pelo navio Correio. E 132 destes imigrantes católicos fundaram a Colônia Nova Itália, a pioneira da imigração italiana no Brasil, que ao longo de décadas recebeu também outras levas de imigrantes italianos.
    A Colônia Nova Itália foi fundada por iniciativa do armador Carlo Demaria, com raízes em Gênova, e do agente consular do Reino da Sardenha em Desterro, Henrique Ambauer Schutel, natural de Milão. Constituíram para tal fim, em Nossa Senhora do Desterro (Florianópolis), a empresa Demaria & Schutel.

    Para instalar uma “colônia agrícola, industrial e pastoril”, a empresa Demaria & Schutel requereu e recebeu da Província de Santa Catarina, inicialmente, a concessão de quatrocentas mil braças quadradas e, também ano de 1836, outra concessão de duas léguas quadradas, no território da Freguesia e Município de São Miguel da Terra Firme.
    Para administrar a pioneira colônia de italianos no Brasil, Demaria e Schutel contratam, para o cargo de Diretor da Colônia Nova Itália, o franco-suíço Luc Montandon Boiteux (Neuchâtel, Suíça, 1798 – Nossa Senhora do Desterro/SC, 29 de março de 1842), que se estabelece na Colônia Nova Itália com sua esposa Marie Magdaleine Anastasie Bouquet Boiteux, um filho e quatro escravos.

    Primeiro Diretor da Colônia Nova Itália, Luc Boiteux estudou em uma Universidade alemã, foi secretário particular do Grão Duque da Toscana e, após a morte do Grão Duque Fernando III, em 1824, assumiu elevada função em um banco na cidade portuária de Gênova, de onde partiu o navio Correio, que conduziu os pioneiros imigrantes italianos ao Brasil, há mais de 187 anos.

    O Movimento Santa Catarina Requer a Correção do Erro Histórico busca a correção do erro que está contido na lei federal nº. 13.617/2018, sancionada pelo presidente da República em 11 de janeiro de 2018 e publicada no Diário Oficial da União de 12 de janeiro do mesmo ano, que atribui, equivocadamente, ao município de Santa Teresa, no Espírito Santo, o título de “Pioneiro da Imigração Italiana no Brasil”, que de fato pertence à Colônia Nova Itália, no município de São João Batista, em Santa Catarina.

    Com o lema “Non si può negare la storia, la vera storia!” (Não se pode negar a história, a verdadeira história), o Movimento Santa Catarina Requer a Correção do Erro Histórico teve seu início em 12 de janeiro de 2018, data em que o Diário Oficial da União (DOU) publicou a lei federal nº. 13.617/2018, sancionada pelo então presidente Michel Temer, no dia anterior.

    Após a leitura da lei, o historiador Paulo Vendelino Kons, que residiu na Colônia Nova Itália, publicou uma nota técnica, na qual afirma que “o Congresso Nacional e o presidente Michel Temer atribuíram, equivocadamente, ao município de Santa Teresa, no Espírito Santo, o título de “Pioneiro da Imigração Italiana no Brasil”, que de fato pertence à Colônia Nova Itália, no município de São João Batista, Santa Catarina.

    (…)

    A colonização italiana no Espírito Santo ocorreu 37 anos e 11 meses após, a partir de 17 de fevereiro de 1874, quando o navio La Sofia chegou ao porto de Vitória, com 388 camponeses de língua italiana do império austro-húngaro e vênetos”.

    A convite da Associação dos Descendentes e Amigos do Núcleo Pioneiro da Imigração Italiana no Brasil – ADANPIB, 13 representantes de entidades da sociedade civil e órgãos do poder público reuniram-se na Assembleia Legislativa, na tarde do dia 19 de janeiro de 2018, sendo aprovada a estratégia de atuação do Movimento Santa Catarina Requer a Correção do Erro Histórico junto aos parlamentares federais, à Assembleia Legislativa, o Governo do Estado, outros órgãos públicos e a Sociedade Civil. O historiador Paulo Vendelino Kons foi escolhido para liderar o Movimento.

    Após a adesão formalizada ao Movimento pelo Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina, através do seu presidente, professor doutor Augusto César Zeferino, o IHGSC sediou o ato que reuniu as forças vivas de Santa Catarina, em 5 de março de 2018, que requereram o respeito a nossa comum história. O IHGSC foi fundado em 7 de setembro de 1896 por José Boiteux, neto do primeiro diretor da Colônia Nova Itália, Luc Montandon Boiteux.

    Fruto da mobilização realizada, o Fórum Parlamentar Catarinense, através de representantes catarinenses no Senado Federal e Câmara dos Deputados, participou do encontro na sede do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina e apresentou um Projeto de Lei nº. 9.811, de 2018, subscrito pelos deputados Rogério Peninha Mendonça e João Paulo Kleinübing, então Presidente do Fórum Parlamentar Catarinense. O Projeto de Lei da Câmara dos Deputados – PLC tramitou e foi aprovado nas Comissões da Câmara e encontra-se na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania – CCJ da Câmara dos Deputados.

    In totum, transcrevemos o VOTO DO RELATOR da Comissão de Cultura (CCult), Deputado Raimundo Gomes de Matos:

    “O Projeto de Lei nº 9.811, de 2018, de autoria dos Senhores Deputados Rogério Peninha Mendonça e João Paulo Kleinübing, confere ao Município de São João Batista, localizado no Estado de Santa Catarina, o título de Capital Nacional da Imigração Italiana e dá outras providências. Esse é o teor de sua ementa de seu art. 1º. O art. 2º determina que a lei entra em vigor na data de sua publicação. Por fim, o art. 3º revoga a Lei nº 13.617, de 11 de janeiro de 2018, que institui no calendário oficial brasileiro o dia 26 de junho como a Data do Reconhecimento do Município de Santa Teresa, no Estado do Espírito Santo, como Pioneiro da Imigração Italiana no Brasil. Efetuando-se exame comparativo do Projeto de Lei que deu origem à Lei nº 13.617/2018 e do Projeto de Lei em análise (PL nº 9.811/2018), constata-se que o pioneirismo na imigração italiana no Brasil é do Município de São João Batista (SC). O Município de Santa Teresa (ES) recebeu seus primeiros imigrantes italianos em 1874, enquanto o mesmo fenômeno ocorreu em São João Batista (SC) em 1836, portanto em data muito anterior. Registre-se, ainda, que tramita nesta Casa, em sentido similar, o Projeto de Lei nº 7.483, de 2014, que pretende declarar o Município de Porto Real (RJ) como “berço da colonização italiana no Brasil”. Observando-se a Justificação dessa última proposição, a data de chegada dos primeiros italianos nesse Município é 1875. Nada impede que outros Parlamentares na esfera federal venham reivindicar para outros Municípios, futuramente, a mesma condição já disputada pelas três cidades mencionadas. Portanto, diante das informações disponíveis e com base nos dados históricos aos quais se pode ter acesso até o presente, é necessário efetuar encaminhamento que ordene minimamente a questão de qual cidade ostentaria o título de “pioneira”, “berço” ou que possa ser considerada “Capital Nacional” da imigração italiana no Brasil, título que pressupõe também o pioneirismo da chegada desses imigrantes ao nosso País. A proposição em análise, PL nº 9.811/2018, também se apoia documentalmente na Moção nº 7/2018 da Assembleia Legislativa do Estado de 3 Santa Catarina, de autoria do Deputado Estadual Altair Silva e outros, na qual os Parlamentares daquela Unidade da Federação apelam “para a correção do equívoco histórico cometido com a sanção da Lei Federal nº 13.617/2018”. Defendem que o pioneirismo na colonização italiana no Brasil deveria ser, de fato, atribuído “à Colônia Nova Itália, no Município de São João Batista” (SC). A referida Moção da Assembleia Legislativa de Santa Catarina embasa-se em pesquisas do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina e em levantamento documental realizado por historiador local. A Moção detalha os dados que comprovariam como mais correta a atribuição do pioneirismo na imigração italiana ao Brasil ao Município de São João Batista (SC), indicando que a colonização italiana naquela cidade teria sido iniciada em 1836. Além disso, o Projeto de Lei nº 9.811/2018 cita outras informações que corroboram o teor da Moção da Assembleia Legislativa: Recorremos à abalizada opinião de obras clássicas da historiografia brasileira, que atestam a chegada dos primeiros imigrantes italianos em Santa Catarina: O estado de Santa Catarina foi pioneiro em fato de colonização italiana. Já em 1836 o suíço Enrico Shutel, agente consular do rei da Sardenha, fazia chegar ao Brasil 180 imigrantes sardos que no dizer de Lucas Boiteaux eram indivíduos de constituição robusta, alegres, corajosos, exaltados em suas paixões. Shutel e o inglês Carlos Demaria tinham conseguido do governo provincial uma concessão de mil braças, ainda não demarcada e em caráter provisório, à margem do rio Tijucas Grandes nas imediações de São João Batista, então pertencente ao município de São Miguel, onde fundaram a colônia Nova Itália ou Dom Afonso (CENNI, Franco. Italianos no Brasil: “Andiamo in ‘Merica… 3ª edição. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2003, p.183-4). Vale ressaltar, também, que a Província de Trento, na Itália, através de seus representantes no Brasil, manifestou-se contrariamente à Lei nº 13.617/2018, que, equivocadamente, atribui ao município de Santa Teresa, no Espírito Santo, a condição de “Pioneiro da Imigração Italiana no Brasil”, título que, de direito e de fato, comprovado historicamente, pertence à Colônia Nova Itália, no município catarinense de São João Batista. Essa tem sido a posição de alguns historiadores locais, a exemplo do historiador brusquense Paulo Vendelino Kons, respaldado pelos vários Circolos Trentinos, que têm sede no estado de Santa Catarina (PL nº 9.811/2018, “Justificação”, p. 2). 4 O registro dos primeiros italianos no Estado do Espírito Santo, pioneirismo reconhecido pela Lei nº 13.617/2018 para o Município de Santa Teresa (ES), tem como data histórica de chegada desses imigrantes outubro de 1874. Por sua vez, de acordo com a Justificação do Projeto de Lei nº 7.483, de 2014, os primeiros italianos teriam chegado em Porto Real (RJ) em 1875. Portanto, em qualquer cenário, ao se comparar São João Batista (SC) com os dois outros Municípios — Santa Teresa (ES) e Porto Real (RJ) — que disputam o reconhecimento do pioneirismo da imigração italiana no Brasil, a cidade catarinense é a que, com os dados disponíveis na atualidade, preenche melhor os requisitos para que seja declarada “capital nacional” da imigração italiana no Brasil. Diante do exposto, nosso voto é pela APROVAÇÃO do Projeto de Lei nº 9.811, de 2018, de autoria dos Senhores Deputados Rogério Peninha Mendonça e João Paulo Kleinübing.”

    O senão do PLC nº. 9.811/2018, é que ele “Confere ao Município de São João Batista, localizado no Estado de Santa Catarina, o título de Capital Nacional da Imigração Italiana”. Da mesma forma que Santa Teresa (ES) não é o “Pioneiro da Imigração Italiana no Brasil”, São João Batista também não é a “Capital Nacional da Imigração Italiana”.
    Sobre o tema, assim nos pronunciamos:

    “OF. ADANPIB nº. 41/2018 Colônia Nova Itália-SJB/SC, 24 de maio de 2018.
    Ementa: pedido para que o PLC 9811/2018, que “confere ao Município de São João Batista, localizado no Estado de Santa Catarina, o título de Capital Nacional da Imigração Italiana e dá outras providências.”, outorgue ao município de São João Batista o título de “Berço da Imigração Italiana no Brasil”.

    A Sua Excelência o Senhor
    Deputado Federal JOÃO PAULO KLEINÜBING
    Presidente do Fórum Parlamentar Catarinense
    Endereço eletrônico: JPK.camara@gmail.com
    Palácio do Congresso Nacional – Praça dos Três Poderes
    Anexo IV – 7º. Andar – Gabinete 703
    70160-900 – BRASÍLIA (DF)

    Prezado deputado João Paulo – Paz e Bem!

    Com a renovada satisfação de cumprimentá-lo e reiterando nossa gratidão pela atenção e colaboração na correção do erro histórico praticado pelo Congresso Nacional e pela Presidência da República contra Santa Catarina acerca do pioneirismo da colonização italiana no Brasil – consoante diálogos já mantidos com Vossa Excelência – pedimos vossa atuação para que o PLC 9811/2018, que “confere ao Município de São João Batista, localizado no Estado de Santa Catarina, o título de Capital Nacional da Imigração Italiana e dá outras providências.”, outorgue ao município de São João Batista o título de “Berço da Imigração Italiana no Brasil”.

    O título de Capital Nacional marca municípios que possuem números fenomenais que permitem que sejam assim intitulados. Exemplificamos:

    Ituporanga – capital nacional da cebola;
    Lages- capital nacional do pinhão;
    Fraiburgo e São Joaquim – capitais nacionais da maçã;
    Itapema – capital nacional dos ultra-leves;
    Luis Alves –capital nacional da cachaça;
    Criciúma: capital nacional do Carvão Mineral;
    São Bento do Sul: capital nacional dos móveis.

    Como é de conhecimento de Vossa Excelência, fundada em 1836 no Vale do Rio Tijucas-grande, a Colônia Nova Itália, no atual município de São João Batista, é inequivocamente o Berço da Imigração Italiana no Brasil.

    Os 186 pioneiros imigrantes italianos, que viriam colonizar e desenvolver terras brasileiras, aportaram, em março de 1836, na baía norte da Ilha de Santa Catarina, no porto do Desterro, transportados pelo navio Correio.

    E 132 destes imigrantes fundaram a Colônia Nova Itália, a pioneira da imigração italiana no Brasil, que ao longo de décadas recebeu também outras levas de imigrantes italianos.
    Assim, o título a ser concedido ao município catarinense São João Batista, smj, deve ser de “Berço da Imigração Italiana no Brasil”, haja vista que a Colônia Nova Itália está contida no território do município batistense.

    No aguardo de acolhida favorável ao solicitado e de breve retorno, renovamos nossas expressões de reconhecimento e de elevada estima cristã.

    Fraternalmente e sempre à disposição,

    JOSÉ SARDO
    Diretor Presidente da ADANPIB

    HELIO PAULO SARTORI
    Diretor Executivo Adjunto da ADANPIB

    Historiador Paulo Vendelino Kons
    Colaborador da ADANPIB
    47 9 9997 9581 | 47 9 8873 1957 | 47 3355 3346 – bicentenariodaindependencia@gmail.com

    P.S.: “É feliz quem gosta de se lembrar de seus ancestrais, que fala com alegria de seus feitos e de sua grandeza e quem, no final da bonita fila, vê colocado, silenciosamente, o seu próprio nome.” (Johann Wolfgang von Goethe)”

    Significativo informar que o Movimento Santa Catarina Requer a Correção do Erro Histórico recebeu Moções e Notas Oficiais de Apoio das organizações:

    Coletivo Giránii Cultura Taliana,
    Federação de Entidades Ítalo-Brasileiras e de Mestres e Ofícios da Cultura Taliana – FEIBEMO,
    Conselho Estadual de Cultura de Santa Catarina – CEC, e
    Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina – ALESC, que aprovou moções dirigidas ao Fórum Parlamentar Catarinense, a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, a Comissão Diretora do Senado Federal e à Presidência da República, solicitando a correção do erro histórico. Outra moção da ALESC foi dirigida ao Governador do Estado de Santa Catarina, concitando-o a se manifestar e agir em defesa da correção do erro histórico praticado contra nosso Estado.

    Honra-nos também nominar os imigrantes italianos pioneiros no Brasil, que fundaram a Colônia Nova Itália no ano da graça do Senhor de 1836, sob o patrocínio de São José:

    ANDRÉ PESCO: casado, família com 7 pessoas;
    ANDRÉ RIOLFO, solteiro;
    ANTONIO ALERTO: casado, família com 8 pessoas;
    ANTONIO CAVIGLIA: casado, família com 4 pessoas;
    ANTONIO MONTADO: casado, família com 3 pessoas;
    BARTOLOMEU SARDA: casado, família com 4 pessoas;
    BERNARDO GAMBELLI: casado, família com 3 pessoas;
    BLAUSORO BUSANO;
    DAVI RAMASCY: solteiro
    DOMENICO MATTIA;
    FILIPPO GIORDINO: casado, família com 5 pessoas;
    FILIPPO POLERES: casado, família com 3 pessoas;
    GIACOMO PESCO: casado, família com 6 pessoas;
    GIACOMO PISLORI: casado, família com 8 pessoas;
    GIACOMO RIBAN;
    GIOVANNI BENOTTI;
    GIOVANNI GROSSO, casado, família com 3 pessoas;
    GIOVANNI PESCO, casado, família com 6 pessoas;
    GIOVANNI RILLA;
    GIOVANNI BUSANO: casado, família com 4 pessoas;
    GIUSEPPE BUSANO: casado:
    GIUSEPPE VALERINO: casado, família com 7 pessoas;
    GIUSEPPE ZUNINO: casado, família com 7 pessoas;
    LUIGI RATTO;
    MATTIA PASTORIO, casado, com 5 pessoas na família;
    MICHELE PESCO: casado, família com 8 pessoas;
    SANTO MADONA: viúvo, família com 5 pessoas;
    SEBASTIANO PESCO: casado, família com 4 pessoas;
    STEFANO FORMENTO: casado, família com 4 pessoas;
    STEFANO SUZENO: casado;
    VICENTE PERES: casado, família com 6 pessoas.

    O primeiro grupo era formado pelas famílias PESCO, RIOLFO, ALERTO, CAVIGLIA, MONTADO, SARDÁ, GABELLI, BUSANO, RAMASCY, MATTIA, POLERES, PISLORI, RIBAN, BENOTTI, GROSSO, RILLA, SUSANO, VALERINO, ZUNINO, MADONA, PESEO, FOMENTO, SUZENO e PERES.

    Posteriormente, outros imigrantes se estabeleceram na Colônia Nova Itália, como os integrantes das famílias SARTORI, ANGELI, CORSANI, TRAINOTTI, PUEL, MAZOTO, MARTINI, TOMAZONI, SGROTT.
    Alguns destes sobrenomes foram alterados ao longo das décadas. Os PESCO tiveram a grafia do sobrenome mudado para PEIXE e PEIXER, SARDA passou a SARDO e a SARDÁ, BUSANO passou a BUZZANO. MATTIA originou MATIAS. Os ZUNINO permaneceram com seu sobrenome inalterado.

    LEI Nº 17.536, DE 19 DE JUNHO DE 2018

    Reconhece a Colônia Nova Itália, no Município de São João Batista, como pioneira da imigração italiana.

    O GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA Faço saber a todos os habitantes deste Estado que a Assembleia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

    Art. 1º – Fica reconhecida a Colônia Nova Itália, no Município de São João Batista, como pioneira da imigração italiana.

    Art. 2º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

    Florianópolis, 19 de junho de 2018.

    EDUARDO PINHO MOREIRA
    Governador do Estado

    Importa lembrar que a segunda colônia de italianos no Brasil foi a Colônia Alexandra, em Morretes/PR, fundada em 1872, sob a liderança do imigrante italiano Salvino Tripotti, trazendo consigo mais de 50 emigrantes saídos do Vêneto, no Reino da Itália.
    Augurando termos sido úteis, colhemos do azo para renovar nossos protestos de elevada estima cristã.

    Fraternalmente e sempre à disposição!

    Historiador Paulo Vendelino Kons
    Coordenador do Movimento Santa Catarina Requer a Correção do Erro Histórico
    47 9 9997 9581 | 47 9 8873 1957 – bicentenariodaindependencia@gmail.com

    P.S. 1: Talvez sejais perquirido acerca do ano de fundação da Colônia Nova Itália e o da Unificação Italiana.

    Como sabemos, o Risorgimento foi o movimento na história italiana que buscou, entre 1815 e 1870, unificar o país, que era uma coleção de pequenos Estados. O processo terminou em 1871, quando os reinos passaram a formar um só país, o Reino da Itália, sob o reinado de Victor Manuel II.

    De igual forma, a unificação alemã garantiu a junção territorial dos ducados e reinos para formar o Império Alemão.

    O último conflito da unificação alemã foi a Guerra Franco-Prussiana, que ocorreu entre 1870 e 1871, entre a França e o Reino da Prússia. Essa guerra teve como estopim um desentendimento entre essas duas nações pela sucessão do trono espanhol. Além disso, havia uma certa disputa pelo controle de reinos germânicos que ainda não haviam sido anexados pelos prussianos.
    A Guerra Franco-Prussiana alterou completamente o panorama político e parte do mapa europeu. O exército francês, apesar de algumas boas batalhas, mostrou-se obsoleto em questões de estratégia e de armamentos durante a guerra e, por isso, sofreu uma grande derrota para os prussianos. Esse fracasso custou aos franceses uma grande humilhação ao terem de aceitar condições vexatórias impostas pelos prussianos.

    Os prussianos exigiram a posse da Alsácia-Lorena, como também cobraram 5 bilhões de francos de indenização e obrigaram os franceses a aceitar uma marcha triunfal do exército da Prússia sobre a cidade de Paris. Com a vitória e os novos territórios, Guilherme I inaugurou o Império Alemão em 1871 e foi corado Kaiser (Imperador).

    Em Santa Catarina, a presença de alemães é registrada a partir de 1829 com a criação da Colônia São Pedro de Alcântara.

    Eu, Paulo Vendelino Kons, sou neto de Fernando Pedro Kons (*27 VI 1889 – + 03 XII 1973) e Maria Schmitz (*27 II 1899 – + 05 III 1986). Sou descendente direto de Johann Peter Kons, nascido em 1806, no território do atual estado da Renânia-Palatinado (em alemão: Rheinland-Pfalz), situado no sudoeste da Alemanha, integrou o grupo de pioneiros alemães que instalaram a primeira colônia de alemães em Santa Catarina: São Pedro de Alcântara, em 1º. de março de 1829. Também sou descendente do imigrante alemão pioneiro Peter Schmitz, nascido em 1801.

    Em 1847, um grupo de imigrantes alemães constituiu a Colônia Santa Isabel.

    Uma colônia privada às margens do Rio Itajaí-Açu, teve início em 2 de setembro de 1850, com a chegada de 17 imigrantes alemães. Falamos de Blumenau.

    Nessa mesma época surgiram outros núcleos de imigrantes germânicos, como Joinville (1851) e Brusque (1860).

    Se considerarmos a unificação alemã foi em 1871, então todos os núcleos coloniais acima citados não seriam de alemães.

    O mesmo deve ser o critério adotado em relação aos italianos de Gênova (região da Ligúria, no noroeste da Itália) que fundaram a Colônia Nova Itália, em 1836, e na qual residi em 1976, em terras adquiridas de Henrique Maçaneiro e Joana Pera.

    A última filha de imigrante italiano, Bernardina Angeli, faleceu em sua residência, na Estrada Geral de Colônia Nova Itália, às 20h30min de domingo, dia 9 de janeiro de 2022, aos 108 anos. Seu pai, Agostino Angeli, chegou ao Brasil com 19 anos, juntamente com o irmão Domênico Fidelle Angeli, que emigraram da Itália para o Brasil objetivando reencontrar o pai, Giuseppe Fidelle Angeli, que viera para o Brasil há aproximadamente 17 anos. A mãe de Agostino e Domênico, Páscoa Landim, falecera na Itália.

    O imigrante italiano Beniamino Gallotti, nascido no dia em 21 de abril de 1853, em Nápolis (cidade no sul da Itália, no Golfo de Nápoles, próxima ao Monte Vesúvio, vulcão ativo que destruiu a cidade romana de Pompeia), que emigrou para o Brasil em 1873, havia contraído segundas núpcias com Francesca Angeli Gallotti, filha de Giuseppe Fidelle Angeli e irmã de Agostino e Domênico.

    Beniamino Gallotti dedicou-se ao comércio, tornando-se, em pouco tempo, o mais próspero negociante de Tijucas, onde chegou a exercer importante influência política. Ainda durante o Império, foi nomeado coronel da Guarda Municipal e eleito presidente da Câmara local. Com o advento da República, ingressou no Partido Federalista.

    E foi marcante o reencontro do pai e do avô paterno de Bernardina Angeli em Tijucas. Com a chegada dos cunhados Agostino e Domênico em seu casarão residencial, que também abrigava o seu comércio, Beniamino Gallotti mandou avisar o sogro Giuseppe Fidelle Angeli, para que viesse visitá-lo em Tijucas. O pai dialogou com os filhos, mas não os reconheceu, haja vista que possuíam apenas dois e três anos quando os deixara em Itália. Assim, Francesca e Beniamino Gallotti ‘apresentaram’ os dois filhos ao pai Giuseppe Angeli.

    Bernardina Angeli, a mais nova entre 10 irmãos, ficou órfã de pai aos oito anos. Sempre residiu na Colônia Nova Itália, em terras que pertenceram aos seus avós maternos, os imigrantes italianos Maria Gambetta e Giuseppe Pera.

    P.S. 2: Mas afinal, o que temos a comemorar em 17 (e não 21) de fevereiro de 2024?

    R.: Em 17 de fevereiro do ano da graça do Senhor de 1874, o navio La Sofia chegou ao porto de Vitória, na província do Espírito Santo, com 388 camponeses de língua italiana do império austro-húngaro (súditos do imperador Franz Joseph e da imperatriz consorte da Áustria e seus demais domínios, Elisabeth Amalie Eugenie, da Casa de Wittelsbach, apelidada de Sissi) e vênetos. O território de TRENTO integrou a Áustria de 1363 até a ocupação italiana, em 1918. E a língua italiana foi um dos idiomas oficiais do império austro-húngaro.

    É a EXPEDIÇÃO TABACCHI, assim chamada porque chefiada pelo imigrante austríaco Pietro Tabacchi (Trento, ? – Santa Cruz, 1874), filho de Bartolo Tabacchi e Giuseppina Vettorazzi. Comerciante assim como o pai, após a falência de seus negócios na terra natal, transferiu-se para o Brasil para se livrar dos credores e, desde meados de 1855, comercializava madeiras nobres no Espírito Santo. É o primeiro tirolês de língua italiana de que se tem notícia no Brasil.

    Em 1874, Tabacchi – no navio La Sofia, chegado no porto de Vitória (ES) em 17 de fevereiro de 1874 – trouxe imigrantes tiroleses (austríacos) e vênetos (italianos) para trabalharem na Colônia Nova Trento (fazenda Santa Cruz), de sua propriedade. A colônia recebeu este nome em homenagem à cidade natal do fundador.

    Tratou-se de uma experiência frustrada porque boa parte dos colonos não concordou com as cláusulas contratuais estabelecidas e se revoltaram. Por conta das várias reivindicações dos colonos houve, inclusive, a necessidade da intervenção do Consulado Austríaco no Rio de Janeiro.

    A situação se tornou quase que fora de controle e as consequências foram desastrosas para Pietro Tabacchi que faleceu devido a um infarto (atribuído às preocupações que teve).
    Em uma nota publicada no ano de 1876, a representação consular austríaca se manifesta sobre os espólios do imigrante tirolês Pietro Tabacchi.

    Lembro que o território de TRENTO era conhecido como Tirolo Italiano (em alemão Welschtirol ou Welsch-Südtirol) não apenas pelo idioma predominante, mas também por uma questão geográfica, embora estivesse unido à Áustria desde 1363.

    Vale lembrar que o Império Austríaco e o Reino da Hungria estavam unidos em um acordo político chamado de Austro-Húngaro, mas que não mesclava as monarquias que tinham seu próprio parlamento e leis, mesclando o exército e algumas outras funções. O Tirol era um território austríaco e seus habitantes eram cidadãos da Áustria.

    No fim da Primeira Guerra Mundial, as tropas do Império Austro-Húngaro foram derrotadas na batalha de Vittorio Veneto, em 29 de outubro de 1918. Apesar do subsequente armistício firmado em 3 de novembro (que passaria a valer a partir do dia seguinte), o comando austríaco recuou imediatamente, o que permitiu que as tropas italianas capturassem 356 mil soldados austríacos (Kaiserjäger) e ocupassem o Tirol, incluída a parte setentrional (Tirol Meridional) formada pelas regiões Südtirol e Trentino (Welschtirol). Os territórios do Condado de Tirol ao sul da vertente alpina foram anexados ao Reino da Itália e assim o Condado de Tirol termina sua existência com a ocupação italiana, em 1918.

    O Tratado de Saint-Germain-en-Laye estabeleceu que a parte meridional do Tirol seria cedida ao Reino da Itália, o que incluía não apenas a região italianófona do Tirol, chamada então Trentino, mas também a parte germanófona hoje administrativamente conhecida como Província autônoma de Bolzano (Südtirol) – à época apenas 3% da população era de língua italiana. A região do Trentino, o Tirolo italiano, também adquiriu autonomia, para que as tradições tirolesas da área fossem protegidas, inclusive das minorias de língua alemã e ladina em seu território: Val de Mòcheni (Fersental), Luserna (Lusern), Val di Fassa (Val de Fascia).

    Em 1919, com o Tratado de Saint-Germain-en-Laye, da conferência de Paris, que marcou o fim do Império Austro-Húngaro, o Condado de Tirol foi dividido entre Áustria e Itália, nas seguintes áreas:

    • Tirol Setentrional (Nordtirol) com capital Innsbruck.
    • Tirol Oriental (Osttirol) com capital Lienz; Tirol Setentrional e Oriental são atualmente unidas no estado federal austríaco (Bundesland) do Tirol.
    • Tirol Meridional (região denominada entre as duas guerras mundiais Veneza Tridentina segundo o nome proposto em 1863 pelo linguista goriziano Graziadio Isaia Ascoli, depois denominada Trentino-Alto Ádige), compreendendo os atuais Alto Ádige/Südtirol e Trentino, com capitais Trento (em alemão Trient); a atual capital provincial da região, com Trento (Trient) e Bolzano (Bozen) respectivamente capitais do Trentino e do Alto Ádige-Südtirol, formalizada com o estatuto de autonomia de 1972.
    • Três comunas passadas à região do Vêneto (província de Belluno) em 1923, depois do período de governo provisório italiano:
    o Colle Santa Lucia
    o Livinallongo del Col di Lana
    o Cortina d’Ampezzo.
    • Duas comunas passadas ao Vêneto (província de Vicenza) em 1929:
    o Pedemonte
    o Casotto (desde 1980, Casotto constitui um distrito da comuna de Pedemonte).
    • Duas comunas passadas à Lombardia (província de Bréscia) em 1934:
    o Magasa
    o Valvestino.
    Na época do Duce Benito Mussolini houve tentativas de “italianização” da região tirolesa, principalmente no Südtirol, de maioria alemã.

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