A burocracia que entrava as ações dos administradores públicos

 

 

Não é sem razão que o diretor do Hospital Tereza Ramos, Luiz Alberto Susin e o próprio governador se emocionaram ao falarem na solenidade que marcou a entrega da ordem de serviço para a construção da nova torre do hospital, ontem pela manhã.

É uma obra grandiosa para a área da saúde. Foram quatro atos em uma só solenidade: inauguração do serviço de radioterapia, contratação de 62 novos funcionários, entrega da ordem de serviço e renovação do convênio para a realização de procedimentos cardiológicos (cateterismo), já que a clinica  Cardiológica do Hospital Nossa Senhora dos Prazeres ainda não conseguiu o credenciamento no SUS.

O governador aproveitou para fazer um desabafo, creditando á burocracia o grande problema para que as ações do governo deslanche. Só agora, depois de 30 meses no governo ele conseguiu dar a ordem de serviço para a ampliação do Hospital.

Ainda não venceu a burocracia para credenciamento dos serviços cardiológicos do HNSP e também é a burocracia que está atrasando o início das obras da nova ala do Nossa Senhora dos Prazeres. Pela terceira vez a vigilância Sanitária devolveu ao hospital o projeto fazendo exigências e pedindo alterações.

E, para resolver o problema da falta de pessoal no Tereza Ramos, especialmente no tocante a contratação de anestesistas, o governador teve de mais uma vez desafiar a burocracia.

 

Para suprir a deficiência de pessoal, a secretaria da Saúde chamou os concursados de 2010 e 2012 – dentre eles 40 técnicos de enfermagem, dois geriatras, quatro fisioterapeutas – mas como nenhum médico anestesista se inscreveu no concurso, teve de fazer a contratação de profissionais por serviços prestados o que é inconstitucional, mas como diz o governador, não resta outra maneira para contar com tais profissionais. 

 

Segundo Luiz Alberto Susin, dos cinco centros cirúrgicos do Tereza Ramos, apenas um estava funcionando. Agora, com a contratação de dois novos anestesistas, mais dois centros serão ativados. Contará então com quatro profissionais da área. Outros sete atendem ao centro obstétrico, que pelas novas normas só podem atender a obstetrícia. “Mesmo que façam apenas um parto no dia, têm de ficar lá, sem poder ser deslocado para outras áreas do hospital”, explica Susin.

 

“Só essa obra vale um governo”

Elizeu Mattos

Prefeito de Lages, ao se referir a ampliação do hospital Tereza Ramos, durante a solenidade da entrega da ordem de serviço pelo governador Colombo

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