Ex-prefeitos de quatro cidades de SC se tornam réus em ações da Operação Mensageiro
Denúncias apontam recebimento de propinas, fraudes em contratos e favorecimento de empresas do grupo Serrana
Os ex-prefeitos de quatro cidades catarinenses se tornaram réus nesta quinta-feira (18) em ações da Operação Mensageiro. A 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) decidiu receber as denúncias que envolvem os investigados, que passam agora à condição de réus.
Quem são os ex-prefeitos de SC que se tornaram réus
Antônio Ceron, ex-prefeito de Lages
Adriano Poffo, ex-prefeito de Ibirama
José Thomé, ex-prefeito de Rio do Sul
Júlio César Ronconi, ex-prefeito de Rio Negrinho
O que apontam as denúncias
No caso de Antônio Ceron, o TJSC viu indícios suficientes de fraude em três licitações, com direcionamento de editais e favorecimento de empresas do grupo Serrana. As alegações das defesas foram rejeitadas, contudo, o tribunal entendeu que em relação à Concorrência Pública nº 03/2020 o prazo para punição já passou, e, por isso, a denúncia não foi recebida de forma integral. A justiça também reconheceu a prescrição penal para outros dois denunciados.
No caso do ex-prefeito de Ibirama, Adriano Poffo, as denúncias apontam para o recebimento de propina mensal de R$ 2,5 mil entre os anos de 2017 e 2019, com pagamentos intermediados pelo “mensageiro” da propina para os prefeitos. A denúncia contra Adriano foi recebida integralmente, rejeitando todas as alegações da defesa.
Já Júlio César Ronconi, ex-prefeito de Rio Negrinho, é acusado de receber cerca de R$ 810 mil durante o mandato e mais de R$ 650 mil após o mandato, totalizando R$ 1,46 milhões em propinas. Ele teria favorecido a empresa Serrana em licitações enquanto prefeito, entre os anos de 2017 e 2020. Os argumentos da defesa foram rejeitados e a denúncia foi recebida pelo TJSC.
O processo contra José Thomé, ex-prefeito de Rio do Sul, aponta fraude em contratos com superfaturamento de valores e manipulação de licitação, além de reproduzir o “modus operandi” da Operação Mensageiro. A decisão por unanimidade da 5ª Câmara Criminal foi por receber integralmente a denúncia
Eita, Coroné…
Tem que por todos na cadeia isso sim, juntos com seus secretários, espero só isso da justiça.
Recebam-se as denúncias. Publique-se. Cumpra-se — como de praxe, novamente.