A operação nacional Mata Atlântica em Pé 2025 identificou 192 hectares de desmatamento irregular em Santa Catarina. O dado faz parte do relatório final da mobilização, deflagrada em setembro e encerrada nesta sexta-feira (26/9).
Em Santa Catarina, a operação foi coordenada pelo Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente (CME) do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) em conjunto com a Polícia Militar Ambiental (PMA). No total, foram fiscalizados 278 hectares no estado. As equipes atenderam presencialmente 178 alertas gerados pela plataforma MapBiomas, ferramenta tecnológica que capta imagens de alta resolução de possíveis desmatamentos via satélite. A ação no estado ocorreu entre 15 e 19 de setembro.
O valor das multas em Santa Catarina alcança R$ 1,3 milhão, em 83 casos de supressão irregular registrados nos seguintes municípios: Anchieta, Angelina, Bela Vista do Toldo, Caibi, Campos Novos, Caçador, Chapadão do Lageado, Concórdia, Correia Pinto, Curitibanos, Descanso, Dionísio Cerqueira, Faxinal dos Guedes, Garuva, Grão Pará, Irati, Itaiópolis, Joaçaba, Lebon Régis, Mafra, Orleans, Otacílio Costa, Palmeira, Palmitos, Papanduva, Passos Maia, Peritiba, Ponte Alta, Porto União, Pouso Redondo, Presidente Getúlio, Rancho Queimado, Rio Fortuna, Rio Negrinho, Rio do Campo, Rio do Oeste, Romelândia, Santa Helena, Santa Terezinha, Santa Terezinha do Progresso, São Bernardino, São José do Cerrito, São Ludgero, São Martinho, Taió, Tangará, Vargem Bonita, Vargeão e Água Doce.
Para a Coordenadora do CME, Promotora de Justiça Stephani Gaeta Sanches, a Operação Mata Atlântica em Pé é uma ação estratégica de proteção ambiental que reafirma o compromisso do Ministério Público com a preservação do bioma. “Em Santa Catarina, conseguimos identificar e responsabilizar casos de desmatamento irregular por meio da atuação integrada com a Polícia Militar Ambiental e com o uso de tecnologias como o MapBiomas. Os resultados demonstram que a fiscalização efetiva é possível e necessária para garantir que a legislação ambiental seja cumprida e que os danos ao meio ambiente sejam reparados”, declarou.
Tem que multar mesmo esses municípios que acham ainda que estão fazendo um belo trabalho e a custa do desmatamento.