O prefeito de Capão Alto, Luiz Freitas estava injuriado na sexta-feira em função do estado lastimável das estradas do interior. Seu município é um dos mais extensos territorialmente, com muita estrada do interior para cuidar e, apesar, disso “foi o único que não recebeu nenhum centavo do governo estadual para arrumar as estradas”.
Tem de haver prioridade
As chuvas pararam, mas a dor de cabeça dos prefeitos mal começou. Como recuperar as estradas do interior que ficaram intransitáveis?
Em nossa região essa tarefa fica ainda mais complicada, visto que os 18 municípios somam 7.400 quilômetros de estradas, só do interior. Só Cerro Negro tem mais de 230 quilômetros.
Em Lages são 600 quilômetros, e em muitos locais, como em São José do Cerrito é uma terra vermelha que quando molhada gruda nos pneus, impossibilitando o trânsito. Diferente do litoral, onde há uma espécie de areão.
E além do escoamento da produção, os prefeitos se veem obrigados a manter transitável até por conta do transporte escolar. Alguns fazem até 20 quilômetros para buscar um ou dois alunos todos os dias.
Portanto, estrada em condições de trafegabilidade é imprescindível. E, enfrentam grandes dificuldades para fazer a manutenção.
Não são mais do que três a quatro municípios que contam hoje com uma cascalheira em funcionamento.
Isso que cada um precisaria no mínimo de três a quatro, em locais estratégicos, para fazer a manutenção das estradas. Há cerda de dois anos os municípios se uniram, fizeram um projeto para a liberação das cascalheiras e enviaram ao governo do Estado.
Para atendê-los o governo teria de liberar pouco mais de R$ 200 mil (uma cascalheira por município) e até hoje estão esperando.
Agora, através da Amures, os prefeitos estão novamente se articulando para fazer um plano de recuperação, contratando um geólogo para fazer os projetos de liberação.
O problema não está apenas na licença da Fatma, mas no custo do projeto para requerê-lo e a posterior manutenção.
Acho que o governo do estado deveria ver com muito carinho essa questão, pois recentemente ouvimos do secretário de Agricultura de Lages que o custo de recuperação das estradas é de R$ 15 mil o quilômetro. Numa região com tamanha extensão como a serrana, essa é uma questão que tem de ter a prioridade por parte dos governantes.
Certo cidadão tocou no ponto crucial da questão ao falar sobre a sessão da Câmara de segunda-feira passada, quando faltaram sete vereadores que se deslocaram à Florianópolis para a convenção de seus partidos.
Há que se destacar que o motivo foi justo. Em entrevista concedida pelo presidente da Casa, Anilton Freitas dizia que a ausência dos vereadores não fez falta porque a sessão foi tocada normalmente apenas com os 12 presentes. Exatamente o número de vereadores da outra legislatura.
Dizia o cidadão que o próprio presidente estava confirmando que não precisava aumentar para 19, se 12 faz o mesmo trabalho. A verdade acaba sempre prevalecendo e não foram poucas às vezes em que já morderam a língua.
A implantação da Central Regional de Internações Hospitalares, prevista para entrar em funcionamento em agosto, a grosso modo, pode ser uma solução para resolver o problema da espera por leitos hospitalares. A central vai monitorar 752 leitos do SUS instalados em 14 hospitais que atendem os 286 mil habitantes dos 18 municípios serranos. Contudo, sabemos que muitos desses hospitais têm problemas sérios com a falta de profissionais e equipamentos. Como transferir um paciente com problemas mais complicados para lá? Nenhum vai querer!
O deputado federal João Rodrigues (PSD), , iniciou ontem, o seu primeiro roteiro de visitas a seus apoiadores no Estado por Rio do Sul.
Até quarta-feira, dia 9, plano é de visitar 20 municípios do Alto Vale do Itajaí onde ele fechou dobradinha com o ex-prefeito de Rio do Sul, Milton Hobus (PSD), candidato a deputado estadual, tendo como um dos principais apoiadores o secretário de Assistência Social, Jorge Teixeira.
Bauer começou campanha por Blumenau
Com uma grande festa no Clube de Caça e Tiro 25 de Julho, em Blumenau, o senador Paulo Bauer, candidato a governador pela coligação “Muda Brasil, Muda SC”, deu início, na manhã deste domingo, 6, à campanha que percorrerá todo o estado até outubro.
Acompanhado pelos candidatos a vice, Joares Ponticelli, e a senador, Paulo Bornhausen, Bauer foi recebido por cerca de 500 pessoas.
Em sua fala, Bauer destacou a gestão como uma das marcas de sua futura administração. “Governo não se faz com política, se faz com gestão. Quero um governo menor, mas com mais parcerias”, disse o candidato, para quem o governo tem que “facilitar a vida” das pessoas.
Sobre Ponticelli
Bauer falou da satisfação em ter Joares Ponticelli ao seu lado. “Eu já havia convidado o Ponticelli para ser meu vice em maio, numa conversa com o Aécio, e fiquei muito feliz quando ele aceitou”, disse o candidato. “Ele é filho de agricultor. Vamos plantar juntos e trabalharemos a quatro mãos nesse governo”, completou.
Ponticelli respondeu agradecendo a Bauer por tê-lo iniciado na vida pública, ainda na década de 1980. “Na época, ele me indicou para dirigir a escola técnica Diomício Freitas, a maior de Tubarão”, lembrou.
Sobre Bornhausen
Paulo Bornhausen justificou a troca de uma campanha aparentemente tranquila a deputado federal pelo desafio de concorrer ao Senado. “A vida é muito curta para fugir das lutas e desafios. Tomei esta decisão porque acredito nesta chapa liderada pelo Paulo Bauer, um homem preparado, organizado e obstinado”.
Fotos: Diego Redel
