"Pois é, amiga Olivete ! Como qualquer vivente, tenho direito/obrigação de opinar, de sonhar; ainda mais sendo arquiteto, instruído na matéria.
Se viável, ou inviável, é outro departamento; não desejando, no entanto, aqui criar polêmica, exibicionismo ou imaturidade.Mas vamos à vaca fria: alguém criou o CENTRO COMERCIAL, que o americano do norte denomina SHOPPING CENTER. Nele você chega à pé, de automóvel e, ATÉ, de ônibus. Tranqüilamente desce da condução no estacionamento, sobe a rampa e vai, com conforto, segurança, tranqüilidade e tudo o mais que usuário bem merece; comprar desde o alfinete até o elefante, desde o cafézinho até o entrevero de pinhão e mais, desde um cópia de documento até uma mensagem eletrônica; não esquecendo de jogar na loteia federal. Após o "passeio", volta ao estacionamento e sai para a rua de trânsito caótico. SIMPLES ASSIM, não é ?
Agora vamos ao boi gelado: Dificultar a entrada de automóveis no cento histórico e facilitar sua saída; possibilitando alí a movimentação menor de automóveis guardados nele, taxis e micro-ônibus de lotação e executivos.
Eventualmente, como Lages dispõe de vários anéis viários, sendo o primeiro a Av. Belizário Ramos, o acesso dos ônibus de bairro até um terminal urbano tangente ao Carahá e próximo ao centro, o terminal central Vidal Ramos Sênior, seria previsto. Edifícios-estacionamento seriam previstos em pontos da Av. Belizário, de norte a sul, de leste à oeste, onde automóveis dos bairros, das área rurais, poderiam ser estacionados; bem como os ônibus urbanos de bairros, os micro-ônibus integrados ao sistema geral de transporte coletivo, taxis e micro-ônibus executivos.
Desses edifícios-estacionamento o transporte das pessoas se irradiaria entre os edifícios de estacionamento e também até abrigos de chegada e saida dos taxi e micro-ônibus, dispostos em alguns locais privilegiados. Deles, as pessoas se dirigiriam aos endereços desejados, executariam suas atividades previstas e retornariam aos edifícios-garages e dali aos destinos finais. Levariam pessoalmente seus pacotes ou os despachariam por moto-taxis e camionetas até guarda-volumes dos estacionamentos ou até seu destino final.
É simples assim, ou parece ser. Deverá, caso se contate o mínimo de eventual aproveitamento, constatado o interesse dos usuários, ser incorporado a estudos que hoje ou amanhã terão que ser, obrigatoriamente, discutidos por técnicos nativos e não nativos; muitos mais que esporádicas observações constatadas através de visitas ao cento entre reuniões com autoridades e com munícipes.
O que todos sabemos é que a mobilidade urbana obrigatoriamente passa pelo transporte de massa; independentemente de binários, trinários ou edifícios-estacionamento.
Galeno R R Vieira
Arquiteto