No início deste ano, a Vigilância Sanitária do Estado detectou irregularidades no hospital São José, em Bocaina do Sul, e deu um prazo para que a direção fizesse as adequações necessárias, sobre pena de interditar a instituição. A direção pediu ajuda ao Governo do Estado para executar as ações ligadas à infraestrutura do edifício.
No dia 27 de fevereiro, o governador Raimundo Colombo visitou o município e manifestou o desejo de ajudar o hospital mediante um pedido feito pela direção. Porém, não contaram a ele que o prédio pertence à Cúria Diocesana, e pela lei, o Governo do Estado não pode repassar recursos a instituições cadastradas como religiosas. Como o governador não está acima da lei, o processo não pôde ir adiante.
Segundo lideranças de Bocaina, “algumas das pessoas que colocaram o governador na “saia justa” perante a população bocainense estão usando o fato politicamente, por interesses partidários”.
Ressalta-se ainda que o hospital não foi interditado apenas por causa dos problemas no telhado. Se fosse isso talvez bastasse interditar o andar comprometido pela estrutura. A Vigilância Sanitária constatou outras questões de ordem administrativa que feriam a lei, e os técnicos deram um prazo de um mês para que os pacientes recebessem alta e retornassem aos seus municípios. Como se sabe, o prazo venceu na última terça-feira (31). Nessa data, os pacientes receberam alta, e as portas do hospital foram fechadas.
O Governo do Estado só poderá ajudar o hospital se o prédio for doada à outra instituição ou entidade, como a prefeitura.