Sócios do Jockey querem manter o clube onde está
Os sócios do Jockey Clube estão preocupados com o processo de desapropriação da área da instituição, para que lá seja instalado o Parque da Cidade e estão dispostos a recorrer á justiça caso não sejam ouvidos pela municipalidade. Essa área também foi cobiçada pela Receita Federal para lá instalar todo o seu complexo de atendimento e barracões para depósito dos produtos apreendidos. Tanto um projeto como o outro, da Receita ou do parque, são importantes para a cidade e reconhecemos que a área do Jockey é bastante cobiçada, seja pela sua localização, seja pela sua extensão.
No total são 103 mil metros quadrados e, em que pese a existência de benfeitorias, parte da área é ociosa ou pouco aproveitada. O Jockey Clube tem hoje 400 sócios e que prometem lutar pelo patrimônio. Observam que os termos da desapropriação e os valores envolvidos precisam ser discutidos.
Se a proposta foi de R$ 1 milhão, por exemplo, não paga sequer um dos pavilhões existentes (vale cerca de R$ 3 milhões). Pelo que ouvi de alguns sócios, não há radicalização com relação ao assunto. Desejam apenas abertura para o diálogo e possibilidade de análise de propostas. Uma delas seria a de manter o Jockey no local, apenas reduzindo sua área. Mas que não se inclua aí a ideia de ceder terreno para instalar pista para Arrancadão. O que me parece justo! É bom lembrar que o espaço original do clube era de 13 mil metros quadrados e em 1983, por decreto do então prefeito Anderson de Souza, recebeu mais 90 mil metros quadrados, totalizando 103 mil metros.
Outra proposta seria a de trocar essa área por outra, em local mais afastado, desde que dotada da mesma infraestrutura disponível hoje. Obviamente que pelo custo que isso representaria, essa segunda hipótese será mais difícil a ser considerada. Insistem em observar que não são contra a atual administração ou do projeto do Parque da Cidade, apenas estão defendendo o patrimônio do Jockey.
Para a prefeitura, o projeto do
parque é irreversível
O acordo para a desapropriação da área do Jockey Clube para dar lugar ao futuro Parque da Cidade deverá ser fechado até amanhã para que seja aproveitado os benefícios do Refis e acertar a dívida do clube para com a municipalidade que hoje seria superior a R$ 2 milhões.
Segundo o procurador do município, Fabrício Reichert o processo de desapropriação é irreversível. Publicamos o alerta dos sócios do Jockey que tentam preservar o patrimônio, propondo inclusive que se desmembre a área, permanecendo com o Jockey apenas os 13 mil metros quadrados originais do clube (no total são 103 mil metros quadrados). Mas, é exatamente os 13 mil metros que estão sendo desapropriados, pois conforme Fabrício, o Jockey só tem autorização de uso dos 90 mil metros restantes. Pela avaliação feita quando foi proposta a desapropriação, ainda na administração passada, o valor da dívida do Jockey estaria em R$ 2,1 milhões.
Dívida é de R$ 2,1 milhões
Agora, feita uma reavaliação com o Refis, ficou 15% abaixo desse valor (R$ 1,7 milhão). Além de quitar a dívida, o clube ainda repassaria R$ 1 milhão de indenização pela área. A prefeitura já descartou a proposta de aquisição de outro terreno para transferência do Jockey. “É um ônus que não estamos dispostos a arcar”, explica o procurador. Se não houver o acordo em tempo hábil para aproveitar o Refis, a prefeitura pode então executar a dívida via judicial. Isso não interessaria a nenhuma das partes.
Parque deve custar mais de R$ 10 milhões
O projeto do Parque da Cidade já está sendo elaborado e ainda na campanha do prefeito Elizeu Mattos foi exibida uma maquete. Quanto a informação referente a pista para o Arrancadão, observa Fabrício que: está previsto é uma grande passarela a exemplo da Nego Quirido, de Florianópolis, que possibilitará a realização de todos os grandes eventos como desfile de Sete de Setembro, de carnaval, e até mesmo as provas do Arrancadão. O projeto é bastante complexo – prevê inclusive a Cidade do Idoso – e seu custo deve ultrapassar aos R$ 10 milhões.
Obras previstas para 2015
O desejo do prefeito Elizeu é iniciar a obra em 2015 para inaugurá-lo no espaço de um ano. Ou seja, quer entrega-lo à cidade quando encerrar o mandato.