A redivisão das áreas de jurisdição de cada delegacia gerou reclamação

 

 

Os delegados Rogério de Castro (Bada do 2ª DP)  e Marcio Schutz (3º DP) não pouparam críticas quanto a redivisão de áreas das delegacias de polícias de Lages.

O assunto foi tratado em sessão especial realizada quinta-feira, na Câmara de Vereadores, por solicitação do vereador Gerson dos Santos. 

Segundo o que consta, a resolução que determinou a redivisão da jurisdição das delegacias foi solicitada pela Delegada Regional, Luciana Rodermel, mas nessa divisão de procedimentos não foi pensada a estrutura disponível  para desenvolver o trabalho a contento, sem contar que cria situações difíceis à população quanto ao deslocamento até às delegacias de sua  jurisdição.

Lages conta hoje com cerca de 80 bairros e nessa divisão de cobertura das três delegacias (sem falar na Delegacia da Mulher e o DIC)caberá ao 1ª DP, com dois delegados, atender oito bairros, entre eles o centro; o 2º DP, do delegado Bada, atende 43 bairros, mais os municípios de Bocaina e Painel e parte do interior. Já o 3º DP tem apenas um delegado, Marcio Schutz, um escrivão e um policial para atender 29 bairros, incluindo ai o Santa Clara, onde está localizado o presídio regional.

Marcio queixou-se da falta de pessoal sendo que não se prevê aumento do seu quadro. “Se tivermos que entregar uma intimação a delegacia fica sem policial”, diz ele. 

Segundo Luciana Rodermel o que determina o quadro de pessoal é o número de procedimentos e nesse item o

1º DP dispõe de dois delegados e cinco escrivães  pois contabiliza  mais de 1.500 procedimentos;

o 2º DP conta com dois delegados e quatro escrivães,com cerca de 200 procedimentos e

o 3º DP tem apenas um delegado e um escrivão, mas o número de procedimentos chega a perto de 100.

O maior problema é que embora o Boletim de Ocorrência pode ser feito em qualquer das delegacias, para acompanhar o caso o cidadão terá de se deslocar à delegacia que tem jurisdição sobre seu bairro, o que dificulta o acesso. Em suma, a sessão especial deixou evidente os conflitos internos da Polícia Civil local.  A questão levada para a Câmara poderia muito bem ser resolvida em uma reunião entre as partes, pois trata-se de uma estratégia operacional.

 

 

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