A Campanha Outubro Rosa busca entre outras questões de combate ao câncer de mama, a ampliação do acesso aos exames de mamografia e ultrassom às mulheres jovens, a partir dos 35 anos, através das unidades básicas de saúde para a retirada das guias para os exames de rastreamento.
“Existem protocolos de conduta de atendimento padronizados, e este acesso se torna difícil para as mulheres mais jovens, que não recebem este benefício. Estas mulheres recebem muitos ‘nãos’, voltam pra casa, não fazem o tratamento”, relatou Denise Anselmo, uma das quatro mulheres que deram seu depoimento na abertura do Outubro Rosa, na Câmara de Vereadores na terça-feira.
Ela pediu que as Comissões da Câmara sinalizem positivamente para a deliberação da matéria, que não vai gerar custos, segundo ela, apenas assegurar que a pessoa possa se apoiar em um regulamento que lhe garanta o tratamento.
Mastologista detectou o câncer em 15 mulheres somente neste ano
Médica ginecologista e obstetra da Secretaria da Saúde, Tatyana Stenger Batista relata que só neste ano foram realizadas em torno de 7.300 consultas médicas, uma média de 810 por mês, e cerca de 700 consultas de enfermagem, 77 ao mês.
De consultas de mastologia, realizadas pelo doutor Fernando Vequi, foram 630, numa média de 70 mensais, do qual 15 mulheres foram diagnosticadas com câncer de mama e encaminhadas ao serviço de atendimento especializado Unacom, localizado no Hospital Tereza Ramos. A parceria com o HTR também se dá nos exames de mamografia, do qual foram realizados 1.600 procedimentos neste ano.
Fotos: Nilton Wolff