Escolas precisam de mecanismos para coibir a violência e agressão por parte dos alunos

“O município precisa de normas, de um regimento padrão a ser seguido já a partir de 2018, que ouça as demandas dos gestores e educadores. Lages está no primeiro lugar no ranking contra mulher. Será que estes agressores de hoje não eram os alunos do passado que agrediam professores, física ou verbalmente?”

Isso foi o que os professores Aldemir Costa Pereira e a Alexsandra Schlemper defenderam durante a audiência pública realizada pela Câmara, semana passada, para discutir a questão da violência contra os professores.

Embora não haja estatística com relação a registros desta natureza nas escolas de Lages, a violência acontece e há casos de professores que tiveram de trocar de escola porque o sistema protege o aluno sempre.

Esta atitude de complacência com relação às atitudes reprováveis dos alunos acaba incentivando para que a violência continue e até tome corpo. É preciso quebrar esta corrente. Buscar mecanismos que deem mais poder aos professores no controle da disciplina.

“Precisamos abrir uma discussão aprofundada para que tenhamos nas escolas um amparo suficiente para que os regimentos aconteçam de forma efetiva”, disse a professora, defendendo a necessidade da concepção de um regimento atuante a ser seguido pelas unidades de ensino em relação ao comportamento dos estudantes perante os educadores.

Obviamente que não se está falando aqui em punição física, mas de medidas que inibam atitudes agressivas.

Coincidentemente tramita na Câmara dos Deputados, desde 2014, um projeto do deputado de SC, Rogério Peninha Mendonça (PMDB) com o objetivo de diminuir a violência nas salas de aula. Ele prevê punição para estudantes que agredirem verbal ou fisicamente professores.

Segundo o autor da proposta, o combate à violência tem de ser feito através de leis proibitivas. "Muitas vezes, o estado só se preocupa em criar leis que protejam, que defendam. Mas as crianças e adolescentes têm de saber que para toda ação há uma consequência", observa ele.

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