O promotor Joel Rogério Furtado Junior, que comanda o Gaeco, juntamente com a delegada Camila Andreotti e o promotor de Otacílio Costa, Leonardo Mori , que na verdade levantou a denúncia que deu origem à operação Ajuste, falaram com a imprensa hoje à tarde.
Eles não citaram os nomes dos envolvidos, mas informaram a respeito da operação, cujas investigações estão sendo realizadas desde janeiro.
O promotor Leonardo Mori observou que recebeu a denúncia de que o concurso público realizado pela Câmara de Vereadores, no início do ano, tinha sido fraudado para beneficiar algumas pessoas. Isso é: para fazer com que algumas pessoas passagem pelo certame.
Embora não citassem nomes, sabemos que o filho do vice-prefeito, Silvano Willian Antunes trabalha na Câmara e teria passado pelo concurso. Ele foi um dos conduzidos coercitivamente para depor, hoje pela manhã.
Fraudes em licitação
Foi nas investigações na Câmara de Vereadores – através de escuta e documentos – que o Gaeco também levantou a ocorrência de fraudes em licitações na prefeitura e na própria Câmara.
É bom lembrar que o vice-prefeito é também secretário de Saúde.
GAECO também levantou ações
irregulares na Fatma
Entre as pessoas com prisão temporária está o ex-diretor regional da Fatma, que estaria envolvido em "associação criminosa que tinha como objetivo conseguir vantagens utilizando seus cargos públicos em proveito próprio", citou Joel Furtado. Esse proveito tinha diversos fins: eleitorais e econômicos.
Nessas irregularidades estaria incluída a concessão de licenças a uma empresa de Otacílio Costa – Irmãos Passaura – cuja intermediação teria sido feita por Ozair Coelho, conhecido por Polaco, que foi suplente de deputado na legislatura passada e hoje atua como executivo de gabinete do governador Colombo. Mas quem assinou as licenças irregulares teria sido o gerente Willy Brun Filho.
Inclusive o Gaeco esteve na empresa, pela manhã, recolhendo documentos. Foram 18 mandados de busca e apreensão.
Ao que soube, Willy deixou o presídio ainda na noite de segunda-feira