LHS aponta as 15 razões para o PMDB permanecer na coligação

 

 

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CARTA AOS EMEDEBISTAS

 

Em 15 das 16 eleições que disputei, levei, sempre, o MDB velho de guerra a retumbantes vitórias. Sempre que o Partido me convocou (inclusive para eleições quase impossíveis, como para Prefeito, em 1966; e para governador, em 2002), ofereci o meu nome, sem nenhuma hesitação, para elevar, sempre bem alto, a bandeira do PMDB. Para enfrentar o pleito municipal, renunciei a uma eleição certa de presidente da Câmara dos Deputados; para poder concorrer a governador, renunciei a 2 anos e 9 meses do mandato do prefeito.

Em 1989, nosso Partido tinha 22 dos 23 Governadores, e a maioria esmagadora dos senadores, dos deputados federais e estaduais; dos Prefeitos, Vice-Prefeitos e vereadores. Era o único que tinha presença em Lançamos candidato a Presidente da República o Deputado Ulysses Guimarães, o maior estadista dos nossos tempos. Qual foi o resultado? O Dr. Ulysses fez apenas 3% dos votos. Por que? Porque ele era o Vice-Presidente, assumiu diversas vezes, e ocupávamos espaços generosos no Governo Sarney. O povo não acreditou que pudéssemos virar oposição, de uma hora para outra.

Em 1998, pelo mesma presunção de que o PMDB, sozinho, pode tudo, sofremos uma retumbante derrota para o Governo do Estado.

Estou no fim da minha vida pública. Com a minha longa experiência, cumpro a responsabilidade de  alertá-los para que aquela triste história, que deixou o nosso Partido tão fragilizado e desnorteado, não volte a acontecer.

Tenho respeito, admiração e afeição aos companheiros que defendem a candidatura própria. Também  quero a volta do PMDB ao Governo, mas, com toda a certeza, isso acontecerá normalmente em 2018.

 

Alinho abaixo, 15 razões para demonstrar que a análise sensata e equilibrada da realidade atual recomenda a manutenção da coligação que firmamos em 2010:

 

1. Quando nos coligamos para eleger o Governador Raimundo Colombo, a lei já lhe assegurava o direito de postular a reeleição.

 

2. Somos Governo, temos, no companheiro Eduardo Pinho Moreira, o Vice-Governador, além da maioria dos integrantes dos cargos de confiança.

 

3. Em Joinville, só elegemos o Prefeito Udo Döhler, porque desembarcamos do Governo Municipal, entregando todos os cargos, um ano e seis meses antes das eleições!

 

4. Continuamos ocupando os cargos indicados pelo Partido. E se, no dia 27, deixarmos todas as funções de confiança (o que seria o gesto de mínima de dignidade política!), ainda assim o povo entenderia como decisão tardia e oportunista, o que, sem dúvida, repeteria o insucesso da candidatura presidencial do Dr. Ulysses.

 

5. Não coligados, levaremos o Partido ao isolamento, ao enfraquecimento, e à impossibilidade de vencer, em candidatura solitária, ladeira acima.

 

6. Coligados, manteremos a Vice-governança, e, assim, assumiremos o Governo em 2018, já que o Governador Raimundo Colombo será candidato a Senador.

 

7. Coligados, faremos eleição de morro abaixo, aumentando as nossas bancadas de deputados estaduais e federais, e os espaços no Governo. Assim, poderemos apoiar, ainda com mais força, os nossos Prefeitos, nos seus atuais mandatos e nas futuras campanhas eleitorais.

 

8. Coligados, vamos negociar uma nova relação com o Governo Colombo, para restabelecer a força da DESCENTRALIZAÇÃO, das Secretarias e dos Conselhos regionais.

 

9. Coligados, seremos beneficiados pela geografia das urnas, o que aumentará, ainda mais, a presença do nosso Partido e dos nossos companheiros no Governo.

 

10. Coligados, seremos corresponsáveis pelo canteiro de obras em que o nosso Governo tornará Santa Catarina, aplicando os NOVE BILHÕES DE REAIS repassados pelo Governo Federal, cuja maioria dos investimentos encontra-se nas fases de projeto, desapropriação, licença ambiental ou licitação (o que demora, normalmente, de um a um ano e meio).

 

11. Coligados, preservaremos nossas posições no Governo, mantendo a visibilidade do PMDB, essencial para o maior êxito nos nossos candidatos à Assembleia Legislativa e ao Congresso Nacional.

 

12. Coligados, não entregaremos as nossas posições aos nossos adversários históricos, e, assim, não permitiremos a ressurreição das lideranças que derrotamos em quatro eleições recentes. Não se esqueçam: o político é o único animal que ressuscita!

 

13. Coligados, participaremos de uma enorme reunião de Partidos. E, assim, ocuparemos, de longe, o maior tempo de rádio e TV, o que aumentará significativamente o sucesso eleitoral dos nossos candidatos ao Poder legislativo.

 

14. Coligados, manteremos a unidade do PMDB, sem ter que enfrentar o salve-se quem puder de uma ruptura abrupta do com o Governo, às vésperas das eleições.

 

15. Não coligados, o que diremos? Que propostas apresentaremos? Teremos autoridade para criticar as políticas de saúde, da administração, da infraestrutura, da Justiça, da Celesc, do Deinfra, do Deter, da Fatma, do Iprev, da Codesc, da SC Gás, e de tantas outras áreas que são geridas por companheiros do PMDB?

Isso não vai levar – como aconteceu com o Dr. Ulysses — à divisão, ao descrédito e à perda do apoio popular?!

 

Companheiras e companheiros, observem que não há nenhum companheiro pleiteando candidatura própria, também, para Presidente da República. Por que? Pelas mesmas dificuldades e obstáculos que detalhei acima: o Vice-Presidente da República é o nosso Presidente Nacional, Michel Temer; e o PMDB ocupa vários Ministérios e importantes cargos no Governo da Presidente Dilma Roussef. Nossos companheiros sabem que – POR ESTAS MESMAS RAZÕES — é inviável tanto a candidatura a Presidente da República, quanto desembarque do Governo Federal, agora, tão perto das eleições.

 

 Pedindo que reflitam sobre o passo que vão dar no dia 26, peço-lhes o voto pela COLIGAÇÃO, para que a continuidade do projeto vitorioso potencialize, ainda mais, a grandeza do nosso PMDB, assegurando-lhe a volta ao cargo de Governador do Estado em 2018.

 

Em 2018, encerro a minha vida pública. Minha última missão será levar o PMDB de volta ao Governo do Estado, daqui a apenas três anos.

 

LUIZ HENRIQUE

 

Publiquei no Correio Lageano

 

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LHS tem dúvida se PP integra aliança

 

O presidente estadual do PP, Joares Ponticelli passou essa semana por Lages e deu como certa a aliança do partido com o PSD e o PMDB para a reeleição do governador Raimundo Colombo. Ele próprio compondo a chapa majoritária como candidato à única cadeira em disputa nesse pleito ao Senado, tendo um nome do PMDB de primeiro suplente. Mas, o senador Luiz Henrique, quando aqui esteve, disse que essa é uma questão que ainda não foi tratada e só o será depois do dia 26, data da prévia do PMDB para definir se permanece na polialiança.

 

Mas, aponta dificuldades para fechar uma aliança em que coloque PMDB e o PP lado a lado. Até inclui isso nos argumentos para convencer partidários a favor da coligação.

 Quando o senador invocou o partido a olhar a floresta e não apenas a árvore, estava sendo bastante direto no recado que queria dar.

 

Lembrou que é inquestionável a necessidade do PMDB integrar a coligação, porque se não for assim deixaria o espaço aberto para o PP. “E estaríamos ressuscitando aquele que nós já derrotamos por quatro vezes”, falou Luiz Henrique, certamente se referindo ao ex-governador Esperidião Amin.

 

Partido não teria com quem

se coligar

 

Disse também que, as várias outras siglas já estão aliadas ao PSD, como o PPS, PR, PSB, PDT e “poderão até chamar o PSDB”.

Repetiu o que o presidente estadual do PMDB, Eduardo Pinho Moreira, já havia dito: que o partido não teria com quem se coligar se decidisse por candidatura própria.

Restaria o PT, partido com o qual está alinhado nacionalmente, mas LHS foi categórico ao afirmar que o PT jamais daria a vice-candidatura ao PMDB: “No PT só se toca harpa paraguaia”, disse ele, fazendo gestos com a mão no sentido do “venha a nós”.

 

Sua missão termina em 2018

 

elegendo o governador do PMDB

 

Luiz Henrique também lembrou que permanecendo com o vice, há probabilidade do partido já assumir o governo ainda em 2018, na desincompatibilização de Raimundo Colombo, no caso dele concorrer a um novo cargo eletivo, como o retorno ao Senado. 

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