O problema do Centro Educacional
nem é a questão dos portões
A convite da direção da Escola Básica Vidal Ramos Júnior (Centro Educacional) estive acompanhando a saída dos alunos já que houve grande polêmica quanto ao fechamento do portão dos fundos, da rua Lauro Muller para a entrada das topiques para o embarque e desembarque dos estudantes.
A informação é de que o conselho deliberativo do educandário já decidiu e não volta atrás: não será mais aberto o portão da Lauro Muller, pois é uma entrada de serviço que não oferece segurança aos alunos. Pelo portão da Rua Frei Rogério, tanto a direção como os professores podem acompanhar toda a movimentação, permitindo um maior controle da movimentação do pátio dos acontecimentos.
Há também a ajuda dos agentes de trânsito que estão lá todos os dias no horário do pico. Como observa a diretora Nereida Cássia de Andrade, é um colégio com quase dois mil alunos e que está localizado no centro da cidade, e quem tem de se ocupar com o trânsito na via pública é o poder público.
Vigilantes foram dispensados
no final do ano passado
De fato! Mas, o amago da questão não está nem na queixa dos topiqueiros ou do fechamento do portão. O problema está na nova política de segurança adotado pelas escolas. Até a metade do ano passado o Centro Educacional contava com quatro vigilantes que atuavam na segurança dentro do colégio nos três períodos.
A segurança é só patrimonial
Por decisão administrativa da Secretaria da Educação, foram dispensados. Contrataram uma empresa para fazer apenas a segurança patrimonial, que disponibiliza um só funcionário com um expediente de 8 horas diária, mesmo que a escola funcione em três turnos, como é o caso.
Esse vigilante cuida apenas do patrimônio, não podendo colaborar com nada mais, como por exemplo, o controle do estacionamento.
Além do vigilante, o estado contratou um policial aposentado que atende duas escolas e por lá passa durante o dia, sem o compromisso de horário.
Quer dizer, ajuda, mas nem de longe atende as necessidades do educandário.
E como ficam as pessoas?
Cabe aos professores cuidar também disso, como fosse pouco a tarefa que já tem de ensina e zelar pela qualidade do ensino. Não consigo entender que alguém possa tomar uma decisão dessas, privilegiando o patrimônio em detrimento dos seres humanos que lá estão. Inadmissível adotar esse tipo de diretriz na política de segurança das escolas, quando enfrentamos uma escalada de violência e criminalidade até dentro das unidades de ensino.