Ainda a questão da demolição do Aristiliano Ramos

 

 

Liminar alimenta polêmica

 

 

 

O juiz da Vara da Fazenda, Silvio Orsatto concedeu liminar na ação civil pública movida pelo Ministério Público de Lages, impedindo a demolição do prédio do antigo Colégio Aristiliano Ramos. Reascendesse assim uma polêmica que, já pensávamos superada. Lamentamos, porque ninguém ganha com ela.

 

 

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Não serve mais como escola

 

 

O próprio promotor que entrou com a ação, Renee Cardoso Braga, admite que a edificação não serve mais para abrigar uma escola. Recomenda que o governo estadual a utilize para abrigar alguma repartição já que muitas funcionam em prédio hoje alugado.

 

Mas, para isso, exigiria uma reforma, cujo custo, seria superior a construção de um prédio novo. Sendo assim, porque optar por permanecer num local onde não há sequer área para estacionamento? Por que não liberar essa área para ampliar o espaço público? Permitindo que mais pessoas usufruam dele?

 

Laudo técnico

 

A decisão do promotor se baseia no laudo técnico da Fundação Catarinense de Cultura, dizendo que se trata de um prédio histórico. Mas, se não há processo de tombamento que tenha tramitado na esfera da fundação, como, de forma apressada e sem estudo criterioso possa ter dado essa sentença?

 

É citado entre as obras de valor histórico do município, mas não há processo de tombamento nem a nível municipal.

 

Dois caminhos

 

Diante da situação do Aristiliano só vejo dois caminhos: contestar junto ao Tribunal de Justiça, como a SDR já está fazendo e se conseguir derrubar a liminar coloca-lo abaixo de imediato, ou deixar que o tempo se encarregue de destruir, como é mais doloroso ver, a exemplo do casarão do mesmo nome, na rua Nereu Ramos, ou do conventinho dos franciscanos.

 

Quiseram tanto preserva-los que acabou não sobrando nada de ambos. Parece-me que a polêmica vai persistir pelo tempo em que o prédio ainda estiver em pé.

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