O bate-boca dentro do PDT continua

 

 

Guazelli desafia ex-presidente

 

do PDT

 

 

 

“Desafio o Helder a montar uma chapa que tenha todos os seus membros filiados ao partido e formalizados no TRE/SC, a começar por ele”, disse Luiz Guazelli, presidente do diretório do PDT instalado em convenção extraordinária, no ano passado, em resposta ao também pedetista Helder Dotto, que outro dia contestou todas as informações que a Comissão Eleitoral do partido divulgou. Helder contestou até essa Comissão Eleitoral, sendo que ele próprio a integrou, conforme confirma integrantes do grupo encarregado de reorganizar o PDT.

 

 

Filiação cancelada judicialmente

 

 

Diante disso, a ala intitulada “brizolista de Verdade”, liderada por Guazelli e o ex-presidente João Lima, exibe documento extraído da página do Tribunal Regional Eleitoral, onde consta que sua filiação foi cancelada “judicialmente” ainda em 2009. Guazelli coloca inclusive parte da responsabilidade pelas perdas sofridas pelo partido ao Herder.

 

 

Partido teve até dois vereadores

 

 

Fez um relato do desempenho do PDT ao longo dos anos. Teve dois prefeitos: Fernando Coruja e Décio Ribeiro e conseguiu ter até duas cadeiras na Câmara – com Luiz Carlos Pinheiro e Betinho e depois Adilson Appolinário, e todos eles acabaram deixando a sigla, sem falar em outras lideranças fortes como o próprio vereador João Maria Chagas que iniciaram na política  militando no PDT.

 

 

Como os conflitos iniciaram

 

 

Diz que foi pela relutância em aceitar eleição de João Lima como presidente do PDT que deram início os conflitos internos, enfraquecendo e fragmentando o partido. Mais recentemente, o motivo de novas perdas ocorreu em função das negociações que o ministro (do Trabalho), Manoel Dias estava fazendo com Sérgio Godinho. Guazelli explicou inclusive a razão de ter requerido os cargos do PDT na administração de Elizeu Mattos.

 

 

“Eu sou o interlocutor”, diz Guazelli

 

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Primeiro: ele é que foi procurado pela primeira vez pelo então candidato a prefeito Elizeu para que o PDT desistisse da candidatura do Coronel Paulo Dellajustina e assinou junto com Dellajustina o protocolo de intenções. “Eu sou o interlocutor do PDT junto à administração”, disse Guazelli ao justificar a solicitação das vagas na prefeitura.

 

 

Os cargos disponíveis

 

 

Alega que “o coronel se apropriou indevidamente dos cargos”, garante ele, ao elencar os cargos preenchidos só na Secretaria de Segurança e Ordem Pública. Faz vagas que ficou com o partido: um oficial de gabinete, um diretor, três gerentes e dois assistentes administrativos. Mas, somente dois deles foram indicação do partido, os demais o titular da pasta não consultou ninguém para preenchê-los. Guazelli se mostra determinado a interferir nessa questão.

 

 

 

A desfiliação do coronel

 

 

 

 

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Luiz Guazelli tem em sua posse um documento assinado por Paulo Dellajustina “requerendo licenciamento dos quadros de filiados do PDT”. Interessante que está datado do dia 22 de setembro de 2012, portanto, foi apresentando antes das eleições e logo após assinatura da Carta de Intenções que o tirou da candidatura a prefeito e o colocou ao lado de Elizeu na campanha.

 

 

Segundo Guazelli, a justificativa que ele lhe deu quando apresentou o documento foi de que “precisava se blindar” contra algumas adversidades futuras. Mas, conforme consulta feita ao TRE/SC, a desfiliação, de fato, só ocorreu tempos depois quando “o Maneca estava entregando o partido ao Godinho,” conta Guazelli. 

 

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