Apelo ao Ministério Público

Diretor clínico do HNSP fala a respeito

da emergência

 

Sra. Olivete,

Venho de forma triste porém veemente fazer uma constatação e reclamação que gostaria que publicasse, assim talvez o ministério público e legislativo investiguem a fim de tentar corrigir a situação. Vamos aos fatos: Inicialmente quero informar que comuncamos via Sindicato Médico, dia 22 de novembro do corrente ano, que caso não houvesse o pagamento dos serviços de plantão e sobreaviso prestados nos meses devidos de outubro e agora novembro, em trinta dias deixaríamos de prestar tal serviço e consequentemente a manutenção  da emergência do hospital ficará complicada. Isto porque existe um termo de compromisso assinado pelo Municipio, Estado e Hospital para manutenção dos serviços mediante pagamentos mensais regulares até dia 20 de cada mês e na ausência de pagamentos o contrato é denunciado e em trinta dias os serviços suspensos. Como foi assinado por autoridades estaduais e municipais, acredito que leram o termo e se assinaram foi por concordância com o que estava escrito. A segunda situação é que o município de Lages que é quem mais utiliza os serviços de emergência, concordou em manter o repasse de apenas R$ 78.000,00 por mês para manutenção de uma estrutura que somente com profissionais custa R$ 570.000,00. A conta não fecha. Ainda mais porque não está havendo o repasse da parcela do convênio das redes de urgência e emergência ao HNSP. Por que ninguem sabe, diz-se por aí que a secretaria municipal de saúde gastou mais do que devia e não consegue honrar os compromissos ( a maioria das clínicas que prestam serviços ao município estão sem receber há meses, algumas desde junho deste ano ) e os R$ 700.000,00 enviados mensalmente para repasse aos hospitais HNSP e Infantil, estariam sendo utilizados em outros locais. A conta para manutenção da emergência do HNSP e com todos os serviços funcionando somente fecha se houver o repasse desta verba federal e carimbada para urgência e emergência, e isto as autoridades que assinaram o termo de compromisso já sabiam, e qualquer declaração contrária será uma grande hipocrisia. Portanto, novamente estamos passando por uma situação de falta de gerenciamento daqueles que deitaram e rolaram nos erros da administração passada, porém fazendo atualmente igual ou pior, uma vergonha! Cabe ao Ministério Público Estadual e Federal ver para onde estão indo as verbas do SUS na região e acabar com o invencionismo e elocubrações de nossas autoridades executivas que insistem em dar o destino o dinheiro público na forma que melhor lhes convier. Quem sabe alguém consiga convencer as autoridades municipais e estaduais a honrarem os compromissos que assumiram. Obrigado e espero sinceramente que a situação seja resolvida da melhor forma possível, pois é muito difícil conseguir manter uma estrutura de Corpo Clínico dedicada a emergência e sobreavisos em 10 especialidades mais plantões de cirurgia, o rtopedia, anestesia e clínica médica sem pagamento. Chega de retórica, não aceitamos mais coletivas para explicar o inexplicável.

Obrigado.

Paulo Cesar da Costa Duarte –

Diretor Clínico do Hospital Nossa Senhora dos Prazeres.

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