Anilton não dá sinais de que vai renunciar

 

 

Na sessão de segunda-feira se define quem fica na presidência da Câmara

 

 

Na sessão da Câmara de terça-feira, o vereador Marcius Machado propôs ao presidente Anilton Freitas o cumprimento do acordo firmado no início da legislatura que garantia a ele a presidência da casa no segundo ano do mandato. 

 

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Fotos: Zé Rabelo/Arquivo

Para isso, o atual presidente teria de renunciar o cargo (eleição é por dois anos) e convocar uma nova eleição na penúltima sessão do ano antes do recesso, que seria a próxima segunda-feira. 

 

Segundo o próprio Anilton, estaria disposto a renunciar desde  que Marcius garantisse 10 votos a seu favor – aliás oito, já que de ambos estariam garantidos. Depois de conversar com os vereadores da oposição e alguns da situação, Marcius foi à tribuna, na terça para nominar os oito vereadores que teria a seu favor.

Quando o primeiro foi se pronunciar o presidente Anilton impediu, alegando que não iria deixar que a manifestação prosseguisse. Ontem Anilton informou que o acordo acabou quando o vereador Marcius deixou o PPS para ingressar no PR. “Eu consultei o PPS e o presidente Toni Duarte informou que o partido, não tendo mais vereador, não tem mais nada a ver com o processo de escolha da presidência.” O que é lógico e dispensaria tal consulta, no meu entender.

 

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Há cerca de um mês Anilton informou a Marcius que renunciaria para nova eleição se ele garantisse os 10 votos a seu favor. Na terça-feira ele confirmou que já contava com os 10 votos:  cinco da oposição, três outros dos partidos da base de sustentação do governo e mais os dois:  dele e do presidente. Mas, Anilton reagiu:

“Não aceitei porque é claro que esses 10 votos devem ser da bancada da situação, pois não vou renunciar sem ter a garantia que a presidência fique com alguém de um dos partidos da base aliada,” disse Anilton. “Uma vez que eu renuncie, qualquer um dos 19 vereadores pode se candidatar”, explicou.

 

Circulava a informação até a semana passada que a intenção seria de dar a direção da casa a um dos vereadores do PROS, mas nenhum dos quatro confirma. Os vereadores desse partido perderam inclusive o direito de participar das comissões da casa por mudarem de partido, sem que fosse respeitada a Lei Orgânica que determina a representação proporcional dos partidos.

 

Sendo assim, tudo indica que Anilton fica por mais um ano. Quanto a Marcius, em protesto, deve deixar o cargo na mesa de 2º secretário.

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