É preciso buscar uma saída

 

Piso dos professores terá reajuste de 19%

 

 

Reajuste previsto para o piso nacional dos professores que passa a vigorar no início do ano é de 19%. A menor remuneração da categoria hoje é de R$ 1.567,00. Considerando que no quadro dos servidores municipais ou estadual o número de professores compõe no mínimo a metade deles, constitui-se em um impacto enorme, especialmente nas finanças municipais já abaladas pela queda da arrecadação. A própria ministra Ideli Salvatti – que inclusive é professora – reconhece o peso dessa medida do Congresso ao estabelecer o percentual de reajuste para 2014. “Se não houver um acompanhamento entre o que as prefeituras e os estados têm capacidade de pagar e a justa reivindicação dos professores, não tem como manter o piso,” confessou a ministra. Portanto não é uma questão de valorização ou não da categoria, ou justo reconhecimento da classe, mas de pura matemática.

 

O peso da folha dos professores

 

As administrações municipais terão grandes dificuldades em atender esse reajuste e coloca ainda mais longe o sonho da categoria estadual que reivindica o piso na carreira. Vejam que em Lages, dos mais de quatro mil servidores municipais, só a secretaria da Educação é responsável pela metade deles.

 

Carreira já não é atrativa

 

De outro lado vivemos também uma situação que nos leva a crer que já é sentida a falta de interesse pela profissão que fazem os especialistas acreditarem que em 10 anos haverá dificuldade para contratar professores alfabetizadores se a carreira não se tornar economicamente atrativa. Entre conciliar a dificuldade em pagar salários condizentes diante da falta de recursos e a necessidade de valorizar a profissão para manter o quadro de professores está o administrador público que terá de buscar uma saída para o problema.

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