Sem loteamento de cargos

 

 

 

O governador Colombo assinou recentemente o decreto que muda o sistema de gestão escolar em Santa Catarina, tendo como grande objetivo acabar com a indicação política de diretores de escolas da rede estadual. Justifica que o objetivo desse modelo “é modernizar e dar mais autonomia financeira e gerencial às escolas”.

Não pode deixar de reconhecer que no modelo atual “há uma interferência política indevida e a própria escola se sente desvalorizada”.

 

Apadrinhamento

 

Concordo plenamente quanto a interferência, pois os diretores são sempre apadrinhados por esse ou aquele político. Aliás, os cargos de diretores entram na partilha de cargos que cada partido leva ao coligarem-se.

Pode até acabar com o loteamento das vagas aos correligionários, mas temo que o mais difícil é acabar com a influência partidária, embora seja essa uma tentativa válida.

 

Autonomia? 

Em sua justificativa o governador fala em conceder maior autonomia financeira e gerencial às escolas. Não conheço o teor do decreto por inteiro, mas me interessaria em conhecer a forma com que concederia maior autonomia financeira e gerencial às escolas, uma vez que não têm orçamento individualizado e gerencialmente se submete ao controle de uma coordenação Regional (Gered), que controla tudo, desde a compra de material de expediente à contratação de professores e administração de conteúdos em sala de aula. O próprio governador reconhece que é difícil se chegar a uma forma ideal.

 

Processo complicado

 

Pelo modelo que passa a valer o ano que vem,os interessados precisam apresentar um plano de gestão escolar e a seleção privilegiará a competência técnica e a capacidade para atuar como gestor em uma escola. O projeto será referendado pelos alunos, professores e pais para só então e o gestor ser nomeado, ao assinar um termo de compromisso. A avaliação ocorrerá anualmente. Seu processo é complicado e envolve muitas etapas, de forma a diluir o poder de influência, o que seria essencial para fugir a interferência política, contudo, é preciso experimentá-lo na prática.

 

 

Vereador  Appolinário faz alguns questionamentos

 

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À GERENTE REGIONAL DE EDUCAÇÃO – GERED (Lages), Sra. FÁTIMA OGLIARI, E AO SECRETÁRIO REGIONAL – SDR (Lages), Sr. GABRIEL RIBEIRO . 
 
 
Solicito junto a Vossas Senhorias estudo de viabilidade no sentido de esclarecer dúvidas sobre as novas diretrizes no processo de escolha para diretores das escolas estaduais de SC. Conforme notícia publicada no portal de educação de SC (http://www.sed.sc.gov.br/secretaria/noticias/5215-caue-andreosi), os atuais Diretores de escola (cargos estes de indicação) participam de um curso a partir do dia 21/10 e devem apresentar um plano de gestão até março de 2014. Isso gerou dúvidas nos seguintes aspectos: 
1 – De que forma a Secretaria de Educação do estado de SC irá apresentar horários de curso que possam contemplar os professores que estão em sala de aula e que desejam fazer o curso de gestão escolar (200 
hrs) para também apresentar seu plano de gestão? 
2 – Conforme finalidades do decreto em questão, que tem por princípios: gestão democrática e autonomia escolar, os profissionais hoje em sala de aula terão as mesmas chances para a apresentação do plano de 
gestão do que os atuais ocupantes de cargos de direção? 
3 – No caso de não aprovação do plano de gestão, quais serão as providências tomadas? 
4 – Os critérios para a composição da banca avaliadora já foram definidos, visto que o plano de gestão deverá ser entregue em março de 2014? 
 

 

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