Uma série de fatos desencadeados quase que num mesmo momento deixaram a população de Capão Alto, na quarta-feira, apreensiva e curiosa. Primeiro foi a presença da força-tarefa do Gaeco fazendo uma busca e apreensão na prefeitura e casa do ex-prefeito Bota, cumprindo determinação do Ministério Público de SC.
Antônio Coelho Júnior (D) o ex-prefeito de Capão Alto
Quase no mesmo momento o prefeito Luiz Freitas foi detido e teve de pagar uma fiança de mais de R$ 6 mil. É bom frisar que uma coisa não teve a ver com a outra. Foi por pura coincidência o prefeito ser flagrado com uma arma e não ter a autorização para o seu porte.
Mas, também não dá para dizer que o prefeito atual nada tenha a ver com a administração anterior em que ocorreram as licitações que estão sendo investigadas pelo Ministério Público.
É justamente o fato de Luiz Freitas, ter exercido o cargo de secretário de Finanças da gestão passada é que suscita a preocupação dos que o elegeram e os comentários maldosos dos adversários.
Contudo, ainda é cedo para qualquer julgamento quanto à licitude dos atos dos ex-administradores. As investigações de fraudes em licitações envolvendo as empresas de Maravilha e Fraiburgo não surgiram ontem. Iniciaram em 2011 e tiveram seu ápice na Operação Bola de Neve em que levou o prefeito e vereadores de São Joaquim à prisão, num episódio traumático para a comunidade.
Já naquela vez se apontava o envolvimento dessas mesmas empresas no processo de licitações em outros municípios como Otacílio Costa, Anita Garibaldi, Cerro Negro e Capão Alto. Nesses outros municípios o Gaeco também já recolheu material e informações para fins de investigação. Passado mais de um ano desde a Operação Bola de Neve, as investigações não pararam tanto que retorna agora, com o “Degelo”.
Mas, se durante todo esse tempo não houve nada conclusivo e prosseguem juntando provas, das duas uma: ou a rede de ilegalidade é muito grande e poderosa ou as provas ainda não são suficientes para responsabilizar mais alguém.