Prefeito Ceron esteve esta semana em Mafra (SC) para conhecer um projeto pioneiro de um sistema que transforma o lixo em energia.
O projeto é de autoria da Serrana Engenharia, que também responde pela coleta do lixo em Lages. O proprietário da Serrana, engenheiro Odair José Mannrich, diz que a usina está em teste há um ano no aterro sanitário de Mafra e já conta com todas as licenças ambientais.
Sistema da usina visitada em Mafra e que será também instalada em Lages
O investimento da empresa no projeto chegará a R$ 30 milhões, e agora a Serrana busca outros parceiros e uma linha de crédito junto ao BNDES para viabilizar a implantação de cinco usinas no estado: Mafra, Lages, Jaraguá do Sul e duas em Tubarão.
O aterro sanitário de Lages foi concebido com uma vida útil de 20 anos, já se passaram 10, e a expectativa é de que tenha, pelo menos mais 20 a 30 anos de vida útil, graças ao sistema tecnológico utilizado.
Conforme explica, o secretário da Administração e Finanças, Antônio Arruda, se usado esta tecnologia de Mafra, este aterro poderá estender sua vida útil para até 50 anos, uma vez que incinera o lixo. Mesmo que, receba também o lixo de outros 14 municípios da região os responsáveis pelo setor garantem que não compromete seu tempo de vida.
Prefeito Ceron me informava que a empresa Serrana recolhe hoje 4 mil toneladas de lixo por dia, sendo que deste total 2.800 toneladas só de Lages. Diante do questionamento a respeito dos 14 outros municípios que tem como destinação de seus resíduos sólidos o aterro de Lages, o prefeito Ceron foi em busca das informações para saber os termos da contratação e segundo ele, o compartilhamento do aterro pelos outros municípios foi a solução encontrada para a viabilização do mesmo. Portanto, acordado na época em que foi criado, na administração Renatinho.
Para cá vem apenas o lixo reciclável, uma vez que o lixo orgânico fica lá mesmo. Uma alternativa será destinar este material reciclável para a cooperativa de catadores, só que esta não tem estrutura para buscar este material nos municípios.
Em Painel, por exemplo, a coleta é feita apenas uma vez por semana. A própria empresa que faz o transporte poderia levar para a cooperativa, mas consta que o caminhão do lixo já vem fazendo a compactação no deslocamento até o aterro.
Conforme cálculo do Consórcio Intermunicipal da Serra – Cisama – a região toda não chega a produzir mais que 200 toneladas de lixo por dia (quase o mesmo que Lages produz sozinha) e grande parte não tem hoje uma destinação adequada. Hoje, em São Joaquim a coleta de lixo é terceirizada e segue para um aterro sanitário em Laguna. Mas, muitos municípios não têm aterro.
Semana passada foi liberado recursos federais para a construção de um aterro em Campo Belo para receber os resíduos sólidos do município e de três outros, como Anita Garibaldi e Capão Alto.