“É uma situação constrangedora e não queria ser eu o algoz a tirar o emprego de tanta gente, mas não há alternativa”

, disse o prefeito de Urubici, Fidelis Schappo ao falar das medidas que está sendo obrigado a adotar, porque a folha de pagamentos excedeu 12% acima do limite (54%) e, nessas condições, a prefeitura simplesmente parou.

Prefeitura de Urubici tem 547 servidores e uma arrecadação de R$ 1,1 milhão/mês

 

Excedendo os limites de gastos previstos em lei, devido à queda violenta da arrecadação, todos os repasses federais também ficam trancados, tornando a administração insustentável, com todas as obras paradas.

 

A partir de segunda-feira começa a demitir os 17 comissionados e 88 funcionários contratados temporariamente.

 

Ainda haverá o corte de gratificações e redução de horas extras. Hoje a prefeitura de Urubici tem 547 servidores e a folha de pagamento está em R$ 1,15 milhão.

 

Salários atrasados

 

A crise é tamanha que os funcionários da Secretaria da Administração e do gabinete do prefeito ainda não receberam o salário de setembro. Segundo o prefeito, o corte de mais de 100 funcionários permitirá uma economia mensal de R$ 200 mil, o que ainda não será suficiente para equilibrar as contas.

 

Medidas permitirão uma economia de R$ 200 mil/mês, o que não é suficiente

Só restará agora tentar aumentar a arrecadação, visto que não pode demitir efetivos. A alternativa “para não deixar tanta gente desempregada, justamente agora, às vésperas do Natal, seria reduzir a carga horária dos funcionários com a consequente redução dos vencimentos”, diz Fidelis.

 

Funcionários não aceitaram a redução da jornada de trabalho

 

Observa que seria até uma forma dos servidores se solidarizarem com a situação e impedir as demissões, mas não houve consenso entre os demais servidores. Como ele não tem segurança jurídica para tomar a medida à revelia, teve de optar pelas demissões.