Já está concluído o projeto para criação da Guarda Municipal. Dentro dos próximos dias, o prefeito deverá marcar uma reunião para sua apresentação aos vereadores, antes de ser encaminhado ao legislativo para aprovação.
Uma vez aprovado, o secretário de Segurança e Ordem Pública, coronel Paulo Dellajustina acredita que em no máximo um ano a guarda já está implantada.
Secretário Dellajustina e o diretor de segurança, Estanislau Paes
Pelo projeto, cuja elaboração contou com o também PM da reserva e hoje Diretor de Segurança, Estanislau Paes, prevê que a Guarda iniciaria com 70 integrantes.
É interessante esclarecer que os atuais agentes não estarão automaticamente transformados em guardas. Os atuais 53 agentes terão de passar por novo concurso, os que não passarem permanecerão como agentes até o final de carreira. Após o concurso, os guardas serão submetidos a um treinamento através de cursos em instituições credenciadas, dentre elas a Ufsc.
Como explica o coronel Dellajustina, eles precisam “ser peritos em armamento e não apenas ter noção de tiro”.
Haverá guarnições nos bairros
Um dado interessante: nem todos os policiais podem utilizar todos os tipos de armas. A Ponto 40, por exemplo, é uma das mais potentes e existem PMs que não estão autorizados a usá-las.
Conforme a previsão, serão criadas várias guarnições nos bairros, sediadas nas escolas, “para desta forma conter o número de ocorrências”, pois conforme o secretário, há caso de em apenas uma escola registrar três ocorrências em uma semana.
Cada um fará o seu trabalho
Ele observa que a atuação da Guarda não se chocará com as demais forças de segurança, “basta que cada um respeite sua função”. Mas, conforme o diretor de Segurança, a tendência é que a guarda se transforme em polícia municipal.
Pelo menos é a proposta defendida pela secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Mick. Diz ele que até agora não se entendeu a proposta contida na Constituição de 1988 e há mesmo resistências quando essa descentralização de poder, colocando a guarda como a verdadeira polícia dos municípios.
Índice elevado
Falando sobre a atuação dos agentes de trânsito e as blitz que vêm acontecendo em Lages, o secretário de Segurança e Ordem Pública, Coronel Paulo Dellajustinaobserva que o município apresenta uma situação atípica.
Enquanto que o índice aceitável de veículos circulando com documentação atrasada é de 11% da frota, em Lages esse índice é de 25,61%.
Se a frota hoje é de 90 mil veículos significa dizer que mais de 20 mil estão com a documentação irregular.