Sessão para falar das obras virou uma oportunidade para cobranças

 

Freitas cobrou do secretário a demissão da filha

 

 

 “O governador precisou de parcerias políticas para se eleger e vai precisar novamente, e eu gostaria de estar junto. Por isso pediria que me respondesse qual o motivo da exoneração da indicação do PTB. Fomos jogados fora do time”. Essa pergunta foi feita pelo presidente da Câmara, Anilton Freitas ao secretário Regional, Gabriel Ribeiro, na terça-feira, quando lá esteve para repetir as ações que o governo do estado está realizando em Lages.

 

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Pouco antes de deixar a pasta, Jurandi Agustini já havia feito isso. Mas, o que surpreendeu foi essa cobrança de Freitas, já que a única indicação de seu partido para a SDR, que por sinal era sua filha, foi demitida por Gabriel assim que assumiu a pasta.

 

Aidamar sai em socorro do secretário

 

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A vereadora Aidamar Hoffer veio imediatamente em seu socorro, lembrando que ele estava ali para falar as obras do governo “não para tratar de assuntos particulares e sugiro a vossa excelência que trate desse assunto em seu gabinete com data e hora marcada”. Sugeriu a Gabriel que ignorasse a pergunta de Anilton Freitas. Chegou a elogiar “a coragem do secretário vir a Câmara, se expondo” a esse tipo de indagação.

E arrematou dizendo que o governador Colombo tem de ser defendido por todos: “está trazendo muitas obras em Lages. Muito há o que fazer e não será um governo, em quadro anos, que vai dar conta, disse Aidamar.”

 

Orientação do partido?

 

Apesar da recomendação, o secretário Gabriel respondeu a Freitas, embora de maneira dúbia. Disse ele: “por traz e acima de nós tem um partido e tenho de seguir algumas diretrizes”. Por essas palavras se conclui que recebeu ordens para tirar o PTB do governo. Muito mais do que uma prestação de contas da ação da pasta, a sessão acabou tendo uma oportunidade para cobranças e justificativas.

 

Chagas também fez cobrança

 

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O vereador João Chagas também cobrou as ações do governo pedindo que “apontasse algum obra inaugurada durante o governo Colombo até agora, especialmente nos bairros”.

 

 

Adilson Appolinário lembrou que se não há projeto não há obra.

“Você fique quieto porque nos pedimos a capela funerária e você nos deixou fora”, respondeu Chagas.

 

Gabriel admitiu que “O Governo Colombo projetou investimentos sólidos para desenvolver o município, e o nosso grande desafio é fazer com que eles saiam do papel”, disse ele se referindo aos entraves burocráticos. Obviamente que Chagas foi um tanto radical ao colocar que não há nenhuma obra que tenha iniciada no governo Colombo inaugurada até agora.

Os vereadores do PSD chamaram Gabriel para lhe dar oportunidade de expor seus atos na secretaria,  mas melhor seria que não o tivessem feito.

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