Que a morte do pequeno Erick Pereira Melonão sirva apenas para que certos políticos aproveitem para criticar o sistema ou pessoas e postarem-se junto à mídia tentando se autopromover diante de uma situação tão dramática.
Não adianta culpar ninguém agora, sabemos que todos os dias morrem milhares de pessoas por falta de vagas nos hospital, por falta de médico, por falta de remédios e pela negligência ou falta de condições de trabalho das pessoas que trabalham na área da saúde.
Nesse mesmo dia, outra criança cuja mãe esteve por várias vezes na mesmo unidade em que estava Erick, acabou falecendo sem que tivesse sido sequer atendida. É fácil criticar governantes e disparar ofensas, pois sem endereço certo, não chegam a ninguém.
Temos é de lutar por uma estrutura que não permita que isso aconteça. A área da saúde tem uma demanda infinita e as condições de atendimento são finitas. Limitado a um orçamento. Por melhor que seja o governante, por maior que seja a estrutura da saúde, sempre haverá questões pontuais a exigir providências, a criar novas necessidades.
A mídia lageana fez o seu papel, noticiando e acompanhando o caso de Erick, cobrando solução das pessoas responsáveis, colocando o problema na agenda das preocupações da comunidade.
E não é pedir demais. Basta que cada um cumpra a sua parte. Que os governantes providenciem a estrutura hospital necessária, que o hospital forneça condições de internamento, que o médico atenda de forma eficiente, que o sistema possa atender as emergências que surgirem, e que todos tenham acesso ao alimento e remédios necessários.
Que cada um faça aquilo que lhe compete de forma eficaz que já estará fazendo muito. Assim, se conseguiria em tempo hábil a vaga que Erick precisava em uma unidade especializada e se evitaria inúmeras mortes todos os dias.
Por isso, de cada situação triste como essa precisamos tirar lições e estabelecer metas para evitar que não se repitam. A lição, já citei acima, e, a meta é arregaçar as mangas de forma a que tenhamos também aqui uma ala de queimados infantil.